segunda-feira, 5 de julho de 2010

Na imensidão do Saara

     De fato tenho que admitir que alguns fins de semana são épicos. É tanto "causo de valentia" que daria um livro prosaico daqueles à moda antiga, a lá Luís de Camões. Esse por exemplo, foi do clássico ao barroco, onde aconteceu de tudo um pouco. O bom de tudo isso é que isso é bom, o ruim é que acaba rápido, e as vezes falta tempo pra completar a jornada. Aí, nesse livro da vida o epílogo se estende praticamente até na segunda pela manhã.



     Tudo bem, tudo bem meus caros canalhas, aqui vocês devem estar se perguntando o que tem a ver o que estou escrevendo com o título do post. Bem, por acaso vocês já ouviram falar da expressão "estou com a boca que é um deserto"? Caso sim, prossigam a leitura. Caso não, prossigam também... :-D

     Pra resumir o final de semana, desde segunda passada estamos na boêmia. Com exceção da terça-feira, noite a qual é destinada para um pit-stop pra trocar de fígado, todo a noite foi regada a cachaça. Seja no posto com os amigos, ou na balada. Após todas essas noitadas, em pleno domingo um canalha me liga comunicando de um grandioso mati-baile na cidade vizinha. A título de conhecimento, um mati-baile é o entreveiro de um matinê (evento que ocorre a tarde) com baile (esse ocorre a noite). Assim ele ocorre das 17:00 até 22:00 horas. E cumprimos o cronograma a risca. Em outro post destaco o evento. Fato é que voltamos de lá um tanto quanto tontos, e resolvemos abastecer o porão, visto que a fome era grande. Depois de se alimentar e tomar a saideira, hora de ir pra casa. É aqui que começa a epílogo do final de semana...

     Chego em casa, me preparo para dar aquela sestiada, visto que mais uma semana estaria por vir, e graças ao efeito do álcool não tardo a dormir. Até aqui tudo bem, não fosse o fato do lanche noturno ter sido um tanto quanto exagerado. Não sei precisar que horas aconteceu, mas subitamente acordei: sede, sede, sede, muita sede. Aqui explico. A boca estava tão seca que caso eu resolvesse cuspir, sairia pó ao invés de saliva. De fato, a boca estava que parecia um deserto (quem aqui amigo nunca acordou assim depois de tomar um trago ou comer demais?). Com muito empenho me dirigi até a geladeira, tragédia: não tinha água gelada, não sobrou suco... ops, lá embaixo, bem escondidinho, um quinto do litrão de quipo cola que havia sobrado do churrasco, que bença! Peguei o litro como se fosse o último da minha vida, e virei no bico mesmo! Meio que sem gás, caiu como uma luva (na verdade parecia um xaropão). Além do mais era pouco para o tamanho da minha sede. Logo dei uma observada na despensa, nada de Refrigerante ou mesmo outro Quipo Cola. Nada de nada. Tive que tomar água mesmo. Eita coisa que não fede nem cheira, literalmente!

     De volta ao berço, mais algumas horas de sono e muitos sonhos: eu tomando pepsi, algum outro sonho. Eu tomando pepsi, algum outro sonho. Eu tomando pepsi, eu tomando pepsi. Acordei novamente. Me dirigi até a cozinha na esperança de achar uma pepsi. Nada! Lá vai eu tomar água de novo. Acalmou a sede por mais algumas horas. Bom, devo ter repetido o trajeto cama, geladeira, cama umas três vezes no mínimo, até que chegou a hora de acordar para ir trabalhar. Na minha cabeça, nada de pensar nos pepinos de segunda, ou mesmo nas benças do final de semana. Só conseguia pensar em uma coisa: "pepsi". Me senti o Homer Simpson nas cenas onde ele se baba todo e deseja "baconnnnnnnnnnnnnnnn". Foi só tempo de dar bom dia para o pessoal, que logo fui atrás da minha necessidade.

     08:15 - Visitei o mercadinho em frente ao trabalho, coca, sprite, sukita, e nada de Pepsi. Tudo bem, vou até a padaria!

     08:22 - Fui até a padaria, a uma esquina de distância. Guaraná antarctica, skin cola, coca, e nada de pepsi!

     08:32 - Caminhei mais uma quadra até o cafezinho. Fanta, Soda limonada, e nada de Pepsi. Comecei a achar que o universo estava conspirando contra minha pessoa...

     08:40 - Indignado me obriguei a ir até um mercado maior. Visitei o freezer da pepsi e.... sim, tinha pepsi. Finalmente! Mas gelada só a pepsi twist (com limão, que não curto muito) ou de latinha. Tudo bem, vai de latinha mesmo. Mas como bom investidor que sou, peguei uma de 2,5 litros quente pra tomar a longo prazo.

     09:32 - Após os afazeres do início do dia, bem como essa longa jornada em busca da Pepsi perdida, sento em frente ao PC, olho pra latinha, a latinha me olha... "plect", "tizzzzzzzzzz". O som do alumínio rasgando juntamente com o gás saindo soou como música para meus ouvidos. O primeiro gole foi como chover na imensidão do deserto do Saara... cada papila gustativa da minha língua agradeceu de coração! O líquido precioso descendo pelo esôfago e demais orgãos internos parecia que ia corroendo o que vinha pela frente. Saciedade total. Finalmente a Pepsi dos meus sonhos havia se tornado realidade!




     Entendo que mesmo explicando o fato para meus colegas de trabalho, eles ficaram meio que sem entender "porque pepsi e não coca". Mas espero que os nobres canalhas que lêem essa passagem entendam. Simplesmente tinha que ser pepsi. Não sou publicitário nem nada, mas a língua acabou de ficar seca novamente. Acho que vou verificar se a outra pepsi de backup já está gelada, e degustar novamente. Cara, cadê minha Pepsi? Isso daria até um filme!

4 comentários:

Zibiluka, James. disse...

pq não pediu um suco??? hahah
vc axa q o universo conspirou contra vc, pq nunca acordou em meio a noite qrendo tomar uma sukita!

Zeh disse...

É meu atreta... até estou pensando em investir em uma daquelas máquinas de refrigerante do Mac Donald's... Aí dá pra escolher entre 4 sabores! Ahduhasudhsuahu...

Leandro disse...

gravidez!!!

Computeiro Maluco disse...

Também conhecida em algumas reriões como "sede vulcânica".