segunda-feira, 19 de julho de 2010

Círculos Amorosos

     Provavelmente um canalha leu o título desse post e pensou: "lá vem viadagem pura". Se pensou isso parabéns, é exatamente o que um canalha deve pensar. Caso pensou: "ui, que título bonitinho, vou ler", então acenda a o alarme de rosquice eminente. Mas enfim, independente do que você pensou, vou escrever sobre um tema que vem ocupando algum tempo nas conversas canalhas com a rapaziada (e com o aval de maioria das meninas que ouviram). Bem, vamos aos fatos!



     Pra começo de conversa cito o saudoso poeta Carlos Drummond de Andrade, que escreveu no poema Quadrilha: João amava Teresa que amava Raimundo, que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém". Esse trecho me veio a mente justamente por ser sobre este tema que estou escrevendo. A questão quão dinâmicos são os romances entre as pessoas que nos cercam. E além disso, como as atitudes que temos em relação aos nossos pretendentes influenciam no resultado final. No decorrer do post explico melhor...

     Pra quem é um canalha nato, já pegou o espírito da prosa. A forma como os acontecimentos amorosos chega a ser surpreendente. Quando você menos espera, coisas boas, ruins, estranhas, ou mesmo loucas, acontecem. Algo que em um primeiro momento você achava que seria impossível, graças às forças que regem nosso universo, acabam "casualmente" acontecendo. Aqui posso afirmar: não foram uma nem duas vezes que escutei: "nossa, nunca nem cogitei a hípótese de ficar contigo". Talvez no meu caso seja devido a ausência de belezura. Mas a questão é que já aconteceu comigo... eu ficar com a fulana? Jamais! E daqui a pouco me pego aos beijos com a mesma. No mínimo é um fato curioso!

     Uma coisa que com certeza justifica o porque de programas como o BBB daram tanta audiência, é o fator convivência. Sim, seres de sexos opostos em um número maior que dois, tendem, naturalmente, a criar relações que passam do mero formalismo. Aí surgem histórias de traição, triângulos amorosos, etc. Quando esse número para para algo como "uma turma de pessoas", bem, ai pegue o número de integrantes e calcule a proporção. Com certeza, indiferente de quem forem os grupos, muita coisa interessante vai acontecer. Um exemplo clássico é quando o cara chega com uma guria nova no meio dos amigos. Por mais parceiro que qualquer um seja, surgem algumas ponderações, que ocorrem mais ou menos nessa ordem: Um - "opa, carne nova no pedaço, eu vou!". Dois - "bah, será que ele só trouxe como amiga ou ele tá pegando?". Três - "se for somente amiga tenho que dar um jeito de me enturmar. Dar uma de porco vesgo pra mamar em duas tetas". Quatro - "Mas devo ser discreto, caso contrário posso dar a entender que quero pegar a jovem, e isso pode gerar um clima ruim" (competição dos macho pela fêmea, é a vida amigo). E mais um monte de pensamentos nesse estilo. Uns são bem sucedidos, outros fazem garrancho, outros de posse de um fator externo (tipo álcool), acabam fazendo garranchos monstros. Mas indiferente dos fatos, os elos entre os integrantes do grupo vão sendo formados. E cada vez mais um elo vai se conectando a outro.

     Outra questão interessante é quando a jovem é namorada do canalha. Com certeza ela sabe de todos os "podres" do namorado: se tem chulé, sem tá sem grana, se a camiseta ou tênis é falsificada, se a cueca tá rasgada, e por aí afora. Simplesmente ela sabe de cada detalhe positivo quanto negativo do namorado. Aí em meio ao grande grupo, todas as informações que ela consegue obter dos amigos e conhecidos do cara serão sempre positivas. Afinal, eles estarão bem arrumados (no auge da caçada), felizes, se mostrando sempre serem os melhores. Dificilmente a gata vai captar algum sinal negativo que se compare aos podres que ela sabe do namorado. Sendo assim, se ela não souber filtrar direito os fatos, pode ocorrer que penda a se interessar por um dos outros. Sabe o que é pior nisso tudo? É que isso de fato acontece, é algo natural. Pode ser uma olhadinha ou aquela secada, mas alguma atração vai ocorrer. E a recíproca para os homens é verdadeira. Por mais que o canalha seja sério, reto, fiel, naturalmente ele vai analisar os dotes das meninas que estão presentes no recinto. Aqui sempre alguém vai pensar: "eu não sou assim, não faço isso, nem olho pra ninguém". Bom, coloque a mão na consciência e responda para ela mesma: "você tem certeza disso?".

     Tudo isso pode ser encarado tanto positiva quanto negativamente. Sim, alguns acham que isso é um sinal do fim dos tempos. Ninguém respeita ninguém, todo mundo quer furar o olho de todo mundo, e por aí vai. Particularmente acho isso bom. Alguém já disse: "a experiência gera aprendizado". Eventualmente ela deixa cicatrizes também, mas no geral, permite que cada vez mais você consiga filtrar os fatos e personalidades, permitindo que somente quem realmente se encaixa nos seus quesitos de pessoa ideal consiga invadir de fato seus sentimentos. Caso isso não ocorra, certamente a dica é: fique com um pé atrás, pra não dizer os dois, ou mesmo o corpo inteiro. Os fatos estão à sua frente, você vai fugir deles? É bem mais fácil viver uma mentira que encarar uma realidade, mas com certeza não é a escolha que lhe trará bons resultados no longo prazo.

     É graças a tudo isso que o carrossel vai girando. Para estes círculos amorosos eu formulei a "Teoria do Carrossel": Imagine um destes briquedinhos com vários homens girando em sentido horário, e um com várias mulheres girando em sentido anti-horário. No momento que o universo resolver conspirar para fazer ambos pararem, bem, basta olhar para o lado e ver quem está a sua frente... alguém que você menos esperava!



     Comigo ela já aconteceu muitas vezes. E quando menos espero, ocorre novamente. Alguém que você menos espera chega e diz: "lembra o tempo que eu ficava com o fulano? Quando eu te vi a vontade era largar e ir lá contigo". Pode ser achismo, mas assim como aconteceu comigo, com certeza ocorreu com os humildes canalhas que frequentam o blog. O único parênteses é saber se realmente é isso ou a outra pessoa está usando você como um mecanismo de ciúmes ou consolação. Bom, aí o carrossel passa a ser de brinquedo, pois você está sendo um mero objeto...
     Enfim, que o carrossel continue a girar, pois a vida nada mais é que um imenso parque de diversões, e o carrossel é um dos meus brinquedos prediletos!

     PS: Lembram da "professora Helena" do Carrossel? Pois é, procurem fotos dela no google... que bença!!!!!!!!!!!

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