quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bafana Bafana

     Pois é, era copa do mundo amigo! Depois de conquistarmos o pentacampeonato, na copa da vida, a vida segue. Por não chegarmos à semi-final não vou ganhar uma folguinha semana que vem! oh shit! Mas enfim, uma coisa que muito chamou a atenção nessa copa (além das apaixonantes vuvuzelas), foram os bafana bafana, ou seja, a seleção da África do Sul. E falou em África, associamos a morenagem, pezinho na África, etc... por isso segue a história "venérica"...



Parafraseando Christian e Ralph... "essa é a história de um novo herói, cabelos compridos a rolar ao vento, pela estrada com seu caminhão, cravado no peito a sombra de um dragão...". Comecei assim porque curto essa música, e a primeira afirmação relata um pouco do que vou escrever nas linhas que se seguem...


     Reza a lenda que um canalha que gosta de festas por demais, estava meio que aprisionado por um bom período de tempo (para ele pelo menos). Cansado dessa vida cruel que a não-solteirice proporciona, resolveu dar um grito de liberdade: "I'm back to the canalhice!"

     De posse do alvará de soltura, tudo que ele queria era fazer festa. E o rapaz não é dos fraco. Bastou um fim de semana e uma segunda feira para o rapaz dar de goleada em muitos outros canalhas. Há boatos que até na segunda de manhã o canalha estava agindo na surdina! Se não bastasse isso, toda hora é hora, todo dia é dia. Sendo assim, após tomar balaços consecutivos por cinco dias, eis que me inclui num desses tragos. E ocorreu em plena quarta-feira, praticamente um fim de semana que se iniciava. Lá fomos nós para o posto - muitas cervejas, conversa fiada, e mentiras. Na sequência migramos para um desafio futebolístico, bêbados e totalmente fora de forma ( detalhe que o canalha apenas sentou no banco de reserva e administrou três antarcticas enquanto este que vos escreve tomava boladas jogando na infeliz posição de goleiro bêbado).

     Como o futebol é um esporte um tanto violento, resolvemos partir para um esporte um pouco mais calmo, que exige menos esforço físico: fomos jogar pôker. Abençoadas cervejas de 1 litro. Após a jogatina e uns 8 litros de cerveja dá pra imaginar meio por cima a situação da piazada. Prestes a ir embora, já bêbado e com sono, vem a intimação: "tu não vai ser traíra de me deixar sozinho pra dar umas voltas por aí né?". Como bom canalha que sou, resolvi acompanhá-lo na jornada. Até porque o coitado está com o coração fragilizado, e anda muito triste e deprimido...

     Lá vamos nós, voltas e voltas pela cidade deserta. no momento que eu já estava convencendo ele de que dormir seria uma opção, aparece ela... a bafana bafana das noites chapecoenses... uma beldade de morena... um metro e cinquenta de pura formosura... cabelinho Sandra de Sá style na veia... roupinha fashion a lá malharia do bairrão. Cheia de pose a moça desfila solitária pelas ruas. Antes mesmo de eu dizer: "tu não vai fazer isso" (inclusive pensei), ele olha pra mim e diz: "eu vô!". No mesmo segundo pensei comigo: "não faz isso meu atréta". Pois é... ele vez!

     Devo dizer que os momentos que presenciei conseguiram piorar um pouco mais a imagem da donzela. Que papinho mais jaguara meus nobres canalhas: "ohh, coloca um pancadão". "creim loko". E por aí afora. Uma verdadeira sinfonia de vuvuzelas para meus ouvidos! Essa é digna de parar, olhar bem nos olhos e dizer: "Jabulaniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii". No fim das contas acho que até ele não foi corajoso o suficiente para levar a história adiante. Mas como qualquer garrancho, o fato já merece ser relatado! Ainda bem que logo na noite seguinte o canalha se redimiu em alto estilo, pelo menos eu acho que foi isso...

     Interessante notar esse padrão da canalhice. É só voltar à ativa que parece que o mundo vai acabar ontem. É um tal de "não tem pare". Cachaçada e garrancho de segunda a segunda. Uma alma viva na cidade já é motivo para investir. Dois carros na frente de um boteco é sinal de movimento. Enfim, se o cara manter essa visão positiva dos fatos, com certeza vai longe. E viva a canalhice!

Um comentário:

Anônimo disse...

Viva a boemia!

beijo.