segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tiro, Grito e Bolo Frito

      Sábado a noite, exatamente 22:17. Nesse momento uma das 12 janelas do MSN pisca veementemente: "daí seu canalha, que horas que vai passar aqui me pegar pra irmos pro bailão?". Escolhendo a peita a ser vestida na noite, respondo: "já estou indo". Mais janelas piscando, e o tema era o mesmo, preparação para a balada: que horas vamo se encontrar, aonde, o que vamos beber, e sempre algum perdido chegando atrasado: "E hoje, que que vamo faze?". Poxa vida, o sábado a tarde foi feito para se obter esse tipo de informação, agiliza culegaaaa!


      Peguei o auto e fui para casa do meu amigo, que saltou para fora ao ver a viatura apontando na rua. Aqui abro um parênteses: aprendam uma coisa caras leitoras, não deixem um canalha esperando, façam como os amigos, fiquem prontas antes, isso conta pontos. Voltando ao relato, mais uma noitada se iniciou...

     Pessoal se reunindo no posto, conversas e mais conversas, inclusive um ou outro elogio perdido para este humilde blog, e seguiu o baile, de fato. Destino da vez: um bailão em uma colônia nas redondezas. Nos 15 minutos que se seguiram da partida até o local do baile, muitas reflexões entre os amigos dentro do carro. Aliás, isso até e tema para post: quando se está indo para uma festa com os parceiros, muitos "papos cabeça" vem à tona. Chegando ao baile, oito reais para estacionar. Outra coisa legal: mais que sem pressa seu amigo tira os pila da guaiaca e se prontifica a dividir a despesa, tudo "sem stress véio!".
      Entrada do bailão: sensação boa essa que domina o cérebro de um canalha nos primeiros instantes. Jovens olhando para você, que bença! Nisso Canalhinha diz: "Véio, logo de cara têm três brikes confirmados nesse baile". Canalhoso retruca: "fato meu amigo, também já avistei duas vazas certas". Mas independentemente de qulaquer outra coisa, sem falhar a regra, a atitude número 1 de um bom canalha é comprar o elexir, aquele que garante a beleza delas e a coragem nossa de cada evento. Cerveja gelada a R$2,50, por isso que baile é legal. O preço cobrado não é abusivo (tipo R$4,00 a ceva em outros eventos) e ainda você sabe que o lucro vai para a comunidade. Cartucheira de fichas devidamente preenchida, hora de sacudir o esqueleto.
      A fase seguinte é meio monótona. Você fica na roda de amigos canalhas calibrando, conversando sobre a vida, e com sorte com alguns beldades a sua volta. Monótona? Ledo engano meu caro! É nesse momento que o radar sai do modo hibernar e começa a varredura do perímetro. Com um bom radar, no fim da noite é tiro dado, bugio deitado! Legal que nesse momento Canalhoso foi dançar com uma amiga colorida e esta disse: "mas dance certo!". Canalhoso respondeu: "até tento, mas não sei direito e estou com dor nas costas". E a amiga colorida solta a pérola: "se está com dor nas costas para dançar, imagine para outras coisas!". Aqui fez-se um minuto de silêncio, com o cérebro fazendo um complexo processamento dessa informação.
     Giros e giros no salão, e deu-se início à confusão. E foi num desses giros que Canalha-Master se deu bem. Abordado com uma proposta de dança por uma beldade muito bela, iniciou o arrasta pé. Tradicionalmente uma ou duas músicas depois cada um segue seu rumo, mas Canalha-Master percebeu que a beldade muito bela insistia em dançar. Seis músicas depois, mais suado que cerveja recém saída do "frezor", Canalha-Master, que até minutos atrás nem imaginava que a dança poderia render algo mais (será mesmo que não), diz para a gata: "preciso ir lá fora, tá muito calor aqui". E ela se prontificou a ir junto, que bença. Sentadinhos na escada da igreja da comunidade, a conversa fluiu e se bejaram longamente. De volta ao interior do baile, momento vale-tudo da noite!
     Socos e socos se iniciaram em um canto do baile, e com o auxílio dos seguranças, a parada continuou no lado de fora. Curioso por demais, Canalha-Master foi observar: a piazada envolvida encarando os seguranças em igualdade, e belos golpes foram dados uns contra os outros. Bonito de se ver, mas coisa feia para quem sente a "oreia" esquentar. Um abençoado ficou com a cara mais cortada que mesa de açogue! Confusão contida, o baile seguia normalmente, cada canalha se arranjando de uma forma ou otra, quando...

- Pàaaaaaaaaaaaaa, Páaaaaaaaaaaaaaa!
     Tiros e tiros no lado de fora. A briga que havia sido dada por encerrada voltou a todo gás, dessa vez com direito a tiro pra cima. Que canalhice desnecessária. No interior do baile, todo mundo correndo pro canto do salão, de fato, eis o motivo do título do post: tiro, grito, e na cozinha, bolo frito! Depois do acontecido, o baile foi se encaminhando pra finaleira, uns canalhas acompanhados, outros bêbados dançando sozinhos (trançando as pernas), e o barulho das latinhas sendo pisoteadas no salão, já em fase de esvaziamento. E um desses bêbados veio embora comigo, que estava um pouco melhor. Massa que a conversa da ida não se repete na volta. O amigo canalha "capotou" antes da metade de caminho, e dormia feito pedra, se é que pedra dorme. Na frente da casa dele o instinto do lar foi forte: sem eu dizer nada, ele levanta-se de supetão e grita: "opa, temo em casa, memo memo!". E sai cambaleando rumo ao portão. Essa cena garantiu umas boas risadas e encerrou com chave de ouro mais uma noitada canalha.

4 comentários:

andredallacorte disse...

E eu em casa.. poxa vida!!

Mateus disse...

huahuahuahuahuahuahuahuahu
essa do beudo dormindo acordar por sentir o cheiro da home sweet home foi pacabá!!
huauahuahuahuahuahuahuahuahua
parecia dormindo, mas tava online o bicho véio...
huahuahuahuahuahua

Zeh disse...

asdhduashduashudasduhu

tava online é massa! O canalha citado é bem conhecido por suas disfunções de sono pós-balaço!

Dhode disse...

Esse Zeh não existe mesmoo, figuraça. O Dirso tá de prova que lá no baile saiu uma pérola bem assim "Agora tem que cuida oque vai faze, porque senão eles colocam no blog" hehhehhe,vai te muito brike de vcs desconfiada agora
Abraço gurizada :D