A Artilharia Pesada dos Canalhas Caras-de-Pau

     Leandro diz: e aí Zeh, fiz a historinha daquela noite da polícia ao redor de um carro estranho dos nossos amigos... fato presenciado por alguns canalhas testemunhas oculares, como nós!

     Foi uma noite de apuros em que dois canalhas foram denunciados à décima terceira comarca de Chapecó por jogar uma garrafa em um cidadão “de bem” que estava de moto, mais conhecido como o "Motoqueiro Fantasma"!! Realidade ou ficção acredite ou não, tem coisas que só acontecem na noite!

     Atenção: POST com relatos de violência, ou tentativa disso!

     “Certa feita! Foram chegando de curioso! Que o vicio é que nem sarnoso! Nunca para ! Nem se ajeita”... (tá bom, não é uma prosa gaúcha), no posto guri os membros aqui citados sob os codinomes de Cretino e Ticadore, com forte tendência de rumar em direção a uma festinha na cidade de Xaxim. Boatos diziam que a festa estava prometendo, e isso culminaria em uma boa noite de divertimento aos dois. Fator decisivo, uma (ou várias) cerveja(s) tomada(s) no local, encorajou os canalhas, dando a certeza de que a escolha iria ser "good". Não deu outra: escolheram o carro que tinha a “apareiage” de som bombando e migraram (até porque o carro do outro para sair música, só contratando um gaitero).

     Chegando lá, que Bença!!!! Mulheres, música alta, clima agradável, cerveja barata, e elas, as tão solicitadas donzelas. Nesse instante Ticadore olhou para o Cretino e exclamou: "hoje a noite promete! (ah se ele soubesse)". Compraram uma cerveja e procuraram um lugar alto, onde conseguissem captar todas as dilicinhas, assim como um caçador procura um lugar à espreita da caça. Logo em seguida Ticadore avistou uma loira "geitosa", a qual parecia estar ensaiando a dança do acasalamento enquanto fitava Ticadore. Mais do que sem pressa chegaram nas beldades. Cretino chegou na amiga e largou o discurso, já Ticadore tentou várias abordagens, todas sem sucesso. Na noite, papo vai papo vem, chegaram em outras gurias e continuaram se divertindo e conversando, vendo os cortes acontecerem e o tempo passar. Então, um canalha conhecido aqui do Blog que vou remeter como Galo Máster, ligou para Ticadore pedindo para que voltassem para Chapecó, pois ele estava sozinho (que meigo para um canalha falar isso). Assim, como a festa estava quase terminando, os dois partiram de volta à metrópole.

     Chegando no trevo da cidade, foram abordados por dois sujeitos que saíram do escuro para o meio da rua. Munidos de pedras, desferiam ataques contra o carro. Nesse momento, parando de se gabar de quem tinham pego o telefone na festa (mas fato que não pegaram nada), os canalhas ficaram intrigados, achando que poderia se tratar de um assalto ou uma “tocaia”. Seguiram a diante, se dirigindo para o posto guri, onde encostaram o carro do outro lado da rua, encontrando o Galo Máster no mesmo grau de álcool que os dois. Diante do balaço que se formava no corpo dos indivíduos, os 3 decidiram comer alguma coisa. O local mais próximo, chamado barilan ( contração de Bar e Lanches talvez?), deixou os mesmos aguardando cerca de meia hora para ser atendidos e nada. Foi então que algum infeliz deu a idéia de ir até o extinto/demolido/dibuiado Bulldog Lanches para tentar, pela segunda vez, preencher o buraquinho dos dentes. Todos concordaram na hora. Chegaram no local e foram atendidos prontamente. Comeram o que pediram e começaram a um tentar empunhar o outro, usando para isso tiradinhas ridículas que bêbado acha muito engraçado, como por exemplo "Ei Ticadore, gosta de jornal? Então pega no meu pau pé!" , e outras de mais baixo calão ainda. Nesse instante o Cretino rindo e se divertindo, coloca a mão no bolso e sente que esta sem a chave do seu carro: adrenalina e emoção a vista na sequencia da noite!

     Logo o Cretino vai ao carro de Ticadore para ver se não deixou a chave cair lá e, sem sucesso, pede para Ticadore o levar até o barilan, pois era fato que ele teria deixado em cima da mesa naquele local. Quando estão subindo rumo aquela espelunca, Cretino recebe uma ligação inesperada de uma pessoa dizendo ser policial, e que estava no seu carro em frente ao posto. De forma nada sutil pediu para que Cretino se dirigisse ao local com urgência. Chegando lá, mais de três viaturas circundavam o “auto” do rapaz, que a esta altura estava mais pálido que defunto no sétimo dia. Os nobres homens da lei revistavam o carro suspeitando de furto, quando outro policial chegou de forma abrupta e pediu quem era o dono do veículo. Cretino, mais que sem pressa, se prontificou. O policial, apontando para um Motoqueiro Fantasma que estava ali do lado, lhe fez a pergunta: " o senhor conhece esse sujeito?" - Cretino respondeu - " nunca vi na vida". Então o policial disse para os dois que o Motoqueiro Fantasma tinha aberto um Boletim de Ocorrência afirmando que os dois teriam jogado uma garrafa no mesmo entre Xaxim e Chapecó, e este por vingança teria jogado uma pedra no veículo deles por raiva (a tocaia descrita acima). “Que canalha este Motoqueiro Fantasma mentiroso!”, pensou Galo Máster que atônito, observava os fatos.

     Então começou o bate boca: Ticadore nem olhava na cara do Motoqueiro Fantasma e só falava com o policial, afirmando que o Motoqueiro Fantasma estava louco e que eram eles quem deveriam ter aberto um B.O. Foi então que o Motoqueiro Fantasma se pronunciou falando que foi o próprio Ticadore quem havia atirado a garrafa, pois segundo o Motoqueiro Fantasma foi o carona (nesse caso Ticadore) quem desferiu a garrafada certeira. Ticadore e Cretino continuavam argumentando e falando que foi engano, ficando bravos mesmo. Ticadore começou a pedir se também poderiam abrir um B.O contra o Motoqueiro Fantasma, já que ele teria confessado a tocaia enquanto eles não. O policial disse que poderiam sim. Nesse instante o Motoqueiro Fantasma se vendo pego na sua própria armadilha, optou por retirar a queixa, e que cada um seguisse sua vida.

     Galo Master assistia a tudo aquilo surpreso, permanecendo quieto que é um fusca (fora um leve desentendimento intelectual com um policial devido a um copo atirado no chão). Logo após o termino da discutição, quando o Motoqueiro Fantasma saiu do local juntamente com a policia, ele chegou para os dois falando indignado: "mas que cara louco, achar que vocês atiraram uma garrafa nele!". Para sua surpresa, o fato teria acontecido mesmo, e agora aliviados, ambos confessaram que estariam em alta velocidade, e o dito Motoqueiro Fantasma estava no meio da pista obrigando Cretino a fazer uma manobra perigosa. Então, num ímpeto de raiva, Ticadore teve a brilhante idéia de jogar a garrafa! Confessavam e sorriam como uns palhaços em circo lotado!

     Mais uma noite se foi, mais uma historia a ser contada! Tem coisas que só acontecem na noite dos canalhas!!!

OBS 1: reza a lenda que a atuação dos rapazes foi digna de um Oscar
OBS 2: perceba a intelectualidade que quem posta: abolimos o acento do “para” e o trema de “sequencia”, conforme manda a nova Língua Portuguesa. E não esqueça também:

Não trema em cima da lingüiça!