quarta-feira, 15 de abril de 2009

Como você é querido!

     Estavam eu e as estagiárias conversando durante o intervalo no trabalho. Papo vai, papo vêm, e nisso uma delas começa a falar de um sujeito amigo das mesmas. Aí uma delas diz: "o fulano é muito querido!". Durante esses poucos segundos de palavras desferidas pelas "aprendizes de alguma coisa" qualquer canalha se sentiria extremamente desconfortável. Primeiro por citar a palavra "amizade" entre dois seres de sexos distintos. Segundo por usar uma expressão traumatizante para qualquer canalha: "você é muito querido!". Não entendeu? Eu explico...



     É fato que qualquer mulher que não tenha interesse de um maior contato físico ardente com você, mas ao mesmo tempo não deseja perder a "amizade" adquirida usará desse artifício: dizer que você é querido, um amor, e por aí afora. Não me venham com conversa fiada de que isso é uma frase sincera, já que subjulga a inteligência de um canalha.Pode até ser que em uma situação isolada ou outra a frase "que querido que você é" tenha uma conotação mais sincera e verdadeira. Porém, quando utilizada no momento da abordagem, que obviamente visa chegar à conquista, é totalmente decepcionante. Aí vai lá a jovem se utilizar de "N" argumentos: "é sério, você é muito querido, mas a gente é só amigos, não quero perder nossa amizade".


     Pára tudo! Aqui me obrigo a abrir um parênteses: Que poha de palavra você utilizou minha cara? Amizade? Não, não madame, por favor não cite uma palavra dessas. Em primeiro lugar com méritos afirmo que amizade verdadeira é um conceito presente no universo masculino, visto que são sinceras e não são abaladas por qualquer TPM (com esceções). Em segundo porque posso contar nos dedos do presidente o número de amizades verdadeiras e duradouras entre mulheres. Sazonalmente elas alteram as "amigas", que são sempre perfeitas na frente mas concorrentes pelas costas. E em terceiro lugar pelo simples fato de estar ocorrendo uma interação Homem X Mulher. Segundo as leis da natureza animais de diferentes gêneros se unem para a cúpula. Por mais que tenhamos sentimentos e blá blá blá, o instinto ainda está presente e prevalece. Por isso não achem machismo da minha parte quando cito o seguinte ditado: "quem tem amiga é viado ou cabelereiro". E olha que dá até pra tirar os cabelereiros da história, porque aqui lembrei de uma lenda viva chamada Colla Cabelereiros, ticador nato da região a alguns anos atrás.


      Tudo bem, é possível haver relações de conotação não sexual entre homens e mulheres. Porém podem ter certeza que para o homem sempre, mas sempre pode passar de apenas amizade. Por mais que as mulheres insistam que existe a verdadeira amizade sem outras intenções, conheço suficientemente os homens para afirmar: "bobiou a gente pimba!"


      Após esse longo parêntese volto à questão do querido. Se você meu caro canalha se sente bem quando uma mulher te elogia com palavras desse gênero, pode rever seus conceitos. O amigo querido, um amor, um doce, geralmente é aquele que vê, passa vontade, faz tudo para a guria se tocar que ele quer algo mais, porém, na visão dela, nada mais é que um cara querido, simples assim! Está aí outro paradoxo da vida: o querido é o tongão da história.


     No fim das contas, prefiro mil vezes que uma guria afirme que sou um canalha, cafageste, sem vergonha, ou qualquer outro sinônimo. Enfim, pode falar infinitamente mal de mim. Justifico isso citando outro velho ditado: "quem desdenha quer comprar!"


E segue o baile...

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