Ciúmes, o maior dos canalhas!

     Normalmente esse tema polêmico não preocupa nem interfere na vida de um canalha, mas vale a pena escrever a respeito para que, quando um(a) canalha resolver entrar em qualquer espécie de relacionamento, não deixe que o ciúme, esse canalha mor, acabe interferindo na migração de canalha para ex-canalha.





      Antes de relatar alguns fatos que presencio rotineiramente, não posso deixar de contar um que aconteceu comigo próprio, sem redundâncias: conheci uma jovem, muito querida, simpática, etc e tal. Ficamos a primeira vez, tudo transcorrendo MARA, respeitando as mais rígidas leis e protocolos. Trocamos celular, MSN, Orkut, e por aí a fora. Na semana que passou conversamos um pouco, e a investigação da jovem levou a mesma a descobrir que eu já "conhecia" uma amiga dela.



     Tudo bem, nem dei bola quanto a isso, visto que águas passadas não movem moinho. Fato é que no fim de semana seguinte saímos novamente, e de forma inesperada (mentira, sabia que ela não iria aguentar sem tocar no assunto) a jovem começou o interrogatório a respeito da amiga: "mas você só conhece ou ficou com ela? você ficou com ela ou fez algo mais? vocês ficaram muitas vezes?". Nesse momento meu coração já estava no posto com a gurizada e meus braços levavam a viatura até a frente da casa dela, tchau, I have to go NOW!


      Educadamente falei que isso não tinha importância, que eu tinha gostado de ficar com ela e isso bastava (omiti que nem mesmo tinha ficado com a amiga dela, até pra dar pano pra manga na situação). A jovem simplesmente surtou. Não colocou para fora, mas tivesse mais intimidade comigo teria chutado o pau da barraca. Resumindo, desconversei, disse que queria ir pra casa e segui meu coração. Minutos depois estava com a gurizada planejando a noitada.


      Resolvi escrever sobre o tema porque ontem mesmo presenciei uma situação assim: um casal que nem começou a namorar direito trocando farpas em relação a um fim de semana que passaram longe um do outro. Ele falava uma coisa sobre o fim de semana (que de fato era verdade), e eu direcionada a visagem pra ela: olhando de lado, sombrancelhas levantadas, pescoço inclinado, como quem diz: "sei, sei". Da mesma forma ela contava sobre o dela, ele também me olhava com aquela cara de desconfiança. Provavelmente isso aí levou a uam crise de ciúmes, que levou a um arranca-rabo, que no fim das contas não levou a nada.


     Outro dia um parente meu queria ir no estádio, já casado, com filhos, cidadão exemplar. A esposa simplesmente torceu o bico e de forma indireta terminou com a alegria de domingo a tarde do nobre cidadão (e quase com o churrasco da família). Numa bela noite tudo certo com a turma que iria para um baile nas redondezas. A namorada de um amigo viu algumas gurias que iam junto com os amigos e, de forma inexplicável, disse que se elas fossem ela não iria mais no baile, porque " aquelas vagabundas" iam ficar dando em cima do namorado dela.


     A verdade é que poderia relatar aqui N situações onde esse ciúme canalha acaba com uma noite/ficada/esquema/namoro/casamento, mas teríamos um post rumo ao infinito. Isso indica que esse ciúme canalha deve ser exterminado, mas o problema é que juntamente com um novo casal vem a sensação de posse, propriedade. E como achamos que somos donos de alguma coisa, temos ciúmes e queremos controlar o que essa pessoa faz ou deixa de fazer. Diga-se de passagem, uma babaquice completa. Tenho certeza que todo mundo já viveu uma situação constrangedora por causa desse mal social. E se você viveu isso no lado negro da força (o ciumentinho da história), se ligue, pois seus relacionamentos, cedo ou tarde, estão fadados ao fracasso.


     Portanto nobres canalhas leitores(as), se querem que a migração de canalha para ex-canalha ocorra de maneira natural e feliz, controlem o ciúme e deixem isso bem claro desde o início de qualquer relacionamento. Se o(a) outro(a) entender, será um afortunado, e você terá grandes chances de nunca mais voltar a ser canalha! Como diria algum filósofo canalha: "Escolha uma pessoa para ficar ao seu lado com a qual consiga conversar prazeirosamente por longas horas para o resto da vida". Evite ao máximo uma granada sem pino! (troca sútil, de uma citação filosófica para uma gíria de bairrão).