Canalhice Extrema

     Esses fins de semana agregados a feriados são um prato cheio para o universo de um canalha. É tanto evento passível de ser honrado com a presença do canalha que ele nem sabe onde ir. Fica mais perdido que filho de puta no dia dos pais. Mas enfim, tomadas as decisões, o processo migratório do canalha é iniciado, e muitas histórias merecem ser contadas...
     Além do fato de feriado prolongado, alguns fins de semana são recheados de eventos com sucesso garantido. Isso já levanta a estima canalha. Muitas vezes eu e outros canalhas já erramos o pulo feio, não tem coisa pior que chegar em uma confraternização e ver que não está como o esperado: pouca gente, só gente feia, muito homem, música ruim, ou seja lá o que for. E nessa hora que o canalha exclama: “tomei no cu”. Porém, quando os eventos são fortes, o canalha vai ao delírio!


     Esse fim de semana foi um exemplo clássico de “Canalhice Extrema” no reduto canalha de Chapecó e nas redondezas. Show superlotado na sexta, baile e festa eletrônica com boas perspectivas no sábado, churrasco e jogo do time da cidade no domingo, e mais uma festa na véspera do feriado. Ufa, aja fôlego (e dinheiro) pra toda essa canalhice. Mas tudo bem, deixando a parte da logística e contábil de lado, isso é um prato cheio para qualquer canalha. Cada um escolhe seus rumos e “pau na gaita”.

     A sexta iniciou com um esquenta no estacionamento do show. Um litro de passport na guampa de três canalhas e pronto, o efeito amnésia* da noite estava garantido. Alie a isso o efeito embelezador** e pronto, festa certa. Legal que no show o que menos importa pro canalha é aqueles dois ou três cidadãos que ficam em cima do palco. 99,9% do tempo o atenção está voltada para o público. Fim de noite meio ruim, o canalha vai pra casa geralmente sem lembrar como e simplesmente capota, mas calma, é só o começo.

* no outro dia você lembra de pouco ou quase nada do que aconteceu. Com o passar do tempo flashbacks lhe vêm à mente, e aos poucos você monta o quebra-cabeças;
** popular e conhecido efeito do álcool que torna as meninas mais lindas, não sendo sequer igualado por qualquer kit embelezador da Avon, Boticário, ou seja lá o que for.


     No sábado a migração canalha foi para uma festa em uma cidade vizinha. Sensação legal é ver em torno de 15 amigos reunidos fazendo os mais diversos planos mirabolantes para a noite. Alie a isso o efeito estranho*** e a balada está garantida. Particularmente devo dizer que a localidade da devida festa é uma bença! Mulheres bonitas eram vistas em todas as direções, e como afirmou um canalha: “podemos até não pegar ninguém, mas pelo menos vamos dar uma pastagem pro zóio”. Cada canalha foi se virando por conta e quando vimos estávamos retornando para a base, dando risada e contando as proezas. Destaque para o ato canalha que garantiu horas de risada. O Canalha-Bozo ligou para uma rádio da cidade e deixou uma gravação de pedido de música, sendo reproduzida em seguida: “Alô... aqui quem fala é o Vantoir, di Rôoonda Alta, e quero oferecer qualquer música do Chitãozinho e Xororó para minha amada Claudilene, de Xaxim, com a seguinte mensagem: Claudilene, Adóóóóórooooooooo!

*** o bom canalha chega em uma cidade estranha e se liberta. Como ninguém te conhece mesmo, você parte pra cima com tudo

     Sem perder muito tempo com o verbo “dormir”, 11 da manhã os canalhas se reuniram no domingo em uma grandiosa churrascada. Uma TV improvisada na garagem e 3 caixas de cerveja garantiram a tarde, assistindo prazerosamente a vitória da Associação Chapecoense de Futebol, garantindo vaga na final. Isso culminou com comemoração dos canalhas na avenida, que se estendeu até altas horas do domingo (nem cito com detalhes aqui o 8 X 1 do rolo compressor). Depois dessa pequena maratona era natural que na segunda uma pequena ressaca adentraria no corpo do canalha, mas nada que mais uma festinha na segunda não acalmasse.

     E olha que a festa deu melhor que o planejado! Música ao vivo, DJ, cerveja liberada, e todos os canalhas reunidos em uma saudosa confraternização. Legal que a festa começou em uma cobertura de apartamento e foi interrompida pela ação policial. Continuou na avenida e novamente foi interrompida pelas autoridades. Finalizou então até o amanhecer na casa de uma nobre moça que emprestou o apartamento (coitada dela, a sujeira que o recinto ficou não era de verdade). Mas as canalhices ocorridas no evento valem outro post, com sobra.

     Finalizando, nada melhor que usar o feriado para descansar, com uma chuva vespertina que foi uma verdadeira bença! Corpo véio em fase de recuperação extrema, e vamos a mais uma semana!