Era uma vez, a muito tempo atrás, em uma terra muito, mas muito distante, um canalha que queria ser feliz. Ele havia saido de sua terra natal e andado milhares de quilômetros em busca de sua felicidade. Como não era egoísta, resolveu convidar mais alguns companheiros para lhe acompanhar na jornada. E lá foram todos até essa terra distante, onde a promessa era de que o chopp correria solto, assim como a água sai pelas torneiras das nossas casas.
Como era meados de outubro, uma festa do chopp estava acontecendo naquele local. E após uma exaustiva jornada, a caravana chegou até a cidade e, convenhamos, merecia uma festa comemorando sua chegada. Nosso personagem estava um tanto quanto animado. Logo percebemos que seu grau de animação estava acima da média. O chopp servido nas bicas descia como um suco. Ele bebia e dava risada como jamais havia feito até então. Era fato que a passagem por aquela bela cidade lhe reservaria muitas emoções...
Como a cidade estava em festa, todo o povo se reuniu no alto da cidade para comemorar. Danças, música tradicional, comidas típicas, chopp gelado, e muitas, muitas meninas para cima e para baixo. Algumas não tão bonitas, mas com certeza com um coração puro! Nesse momento da história devo admitir que nosso herói acaba de receber um nome. Assim como na história original tínhamos a Bela Adormecida, chamemos ele de Belo Entorpecido. Sim, pois ele sentia no seu íntimo que seu coração precisava de um amor. Acontece que a bruxa má da cachaça colocou álcool demais no seu chopp, e ele foi envenenado por aquela mistura diabólica. Nesse momento seu coração doia, ele se sentia tonto, perdido, sentia seu peito inchado pela falta de amor... Foi quando encontrou as sete anãs... uma por vez...
Tudo começou quando a Coizinha cruzou o seu caminho. Coizinha era tão estranha, tão feia, tão fora de prumo, que acertou o coração do Belo Entorpecido como uma bala de 22. Foi amor a primeira vista. Entorpecido sabia que no fundo, mas bem no fundo, a beleza de Coizinha lhe dava esperança.
Depois de Coizinha não demorou muito para encontrar Soneca. Sim, ela tinha o mesmo nome do anão original, até porque sua cara de sono chegava a desmotivar. Mas nosso herói, com o coração duluído no veneno não pensou duas vezes: "só o amor vale tudo na vida, só o amor é a inspiração". E ludibriou sua segunda anã.
Não demorou muito para que as coisas ficassem um pouco mais obscuras para o Belo Entorpecido. Com sua visão ofuscada pela escuridão, ele conheceu a terceira anã, Blecautezinho. Essa sim atingiu o coração dele com uma flecha (até porque devia estar vendendo flechas e balaio Made In Nonoai naquela terra distante).
Após esse momento negro da história, Belo Entorpecido estava próximo de atingir o êxtase. Sua felicidade era tamanha que nesse ponto já não raciocinava mais direito. Não é a toa que foi o único personagem de história em quadrinhos que foi capaz de manchar o conto. E essa mancha veio exatamente na quarta anã: Obesinha (dizem que ela foi uma das inspirações para Shrek). Ele até tentou pedir ajuda para dois amigos a fim de conseguir envolver a circunferência da moça com um abraço, mas ninguém teve coragem. Dessa forma, após dar um abraço em prestação, saiu de fininho (alguma coisa tinha que denotar magreza nesse parágrafo).
A quinta anã não melhorou muito a situação. Era a Franjinha. Infelizmente não temos imagens do corpo inteiro da donzela, mas concorria de igual para igual com a primeira. A única diferença é o cabelinho... pra quem já ouviu a trilogia da égua, nosso nobre herói deve ter pensando: "Agora tu vai cabelinho no zóio". Nesse momento da história ninguém pode duvidar que o coração do Entorpecido já começava a esvairir o veneno. As coisas começavam a melhorar... bem, pelo menos nos padrões dele...
Sim, pois diante das circunstâncias, a sexta anã, Meia Boquinha, era uma verdadeira bença. A perfeição em forma de mulher. Tanto que nosso herói praticamente se sentiu renovado, com o coração aberto, disposto a viver feliz para sempre com aquela belezura em pessoa. Mas ele sabia que ninguém acreditaria naquela história. Dessa forma, só mesmo contando uma mentira!
E nada melhor que uma história mentirosa do que atingir as sete anãs, afinal, esse é o número dos mentirosos. E a sétima anã foi para coroar de vez a participação do herói na história: Polentinha era a típica anã da cidade. Tudo o que seus ascendentes tinham como característica ela herdou, mostrando que Belo Entorpecido não distingue credo, cor ou raça. Um "poliglota de meninas".
Depois de sua sétima anã, Belo Entorpecido tinha desfeito completamente o efeito do veneno da bruxa da cachaça. Agora era só convidar suas sete beldades e viverem felizes para sempre. Mas como essa história destona um pouco, reza a lenda que Belo Entorpecido quiz mais... quiz conquistar mais de 13 anãs... Será que depois de tudo isso ele realmente conseguiu viver feliz para sempre? Bem, imagens valem por mil palavras... e nas imagens acima, qualquer similaridade com a realidade é pura coincidência!
Coizinha, Soneca, Blecautezinho, Obesinha, Franjinha, Meia Boquinha e Polentinha, esse foi o conto do Belo Entorpecido e as Sete Anãs. Dessa história só fica uma dúvida: será mesmo que isso é um conto de fadas ou nosso Belo Entorpecido tem um nome?
THE END!
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Contos de Fadas Canalhas: Belo Entorpecido e as Sete Anãs
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Contos de Fada Canalhas
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4 comentários:
SHOW DE HORRORES....huhaauhua
Esse recanto distante é famoso por a cada ano, durante uma semana do mês de outubro...formar varios e varios "Belos Entorpecidos". Reza a lenda que 1 em cada 10 canalhas que resolvem ir para essa terra culta neste período, acabam sendo atingidos por este mesmo veneno, que enche a alma de amor, e escurece a nitidez do olhar!
Esse fatto só acontece no mês de outubro néh, rsrs Sei... ai ai aí Prefiro não comentarrr!
Em Prol de conservar amizades...
Que lenda meus amigos!! Que femônemo!!
hiauhaiuhauiahuahu
Mateus
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