sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Contos de Fadas Canalhas: Bela Adormecida, a granada que tomou todas e entrou em coma alcoólico!

     Pra começo de história quero deixar bem claro que a jovem desse conto que não é de fadas, não tem nada de bela. Se criou a base de coca e bolachinha recheada assistindo TV a tarde inteira. Só aprendeu bobagem na adolescência vendo "malhação" (é até hilário, você fica uma hora paradinho paradinho, vendo malhação). Achou que a juventude era aquela diversão da novela das 7(estilo Kubanakan ou Uga-Uga). No auge continou fissurada nas novelas das 8, somadas aos BBB 1, 2, 3, e por aí afora. Sim, você deve ter concluído que a "bela" andou acumulando alguns quilinhos a mais e outras imperfeições ao longo de sua caminhada.
     
De posse de um pouco de malandragem, somada a belezura que a adolescência traz, nossa popozuda descobriu o prolongamento da avenida...



OBS: Perceberam o alto grau de humor negro do conto né? Vai continuar lendo? Está certo disso? Então tudo bem!

     
E ao descobrir o prolongamento a querida descobriu o funk. Ao descobrir o funk ela descobriu que a carroceria de uma camionete poderia ser usada como palquinho. Dançou o créu nível 5 em cima de uma pampa e percebeu o quanto aquilo era divertido. Viu que além das caixas de som, a carroceria comportava também álcool. E ali, somando a tonturinha ao balanço do funk na suspensão do auto, o amor aconteceu.
     
Ela ainda não sabia o nome, mas quem vinha naquele possante chevette verde limão, rebaixado e com luz de xenon, era o Vantoir, de Ronda Alta. Gel no cabelo, cerveja na mão, tomando um suco alcoólico de uva, escondendo o carnê no porta-luvas, Vantoir desfilava com seu chevectra dominando a avenida. Ao avistar aquela confusão na pampa, reduziu a velocidade, olhou bem no grão do zóio da moça que rebolava e todo romântico gritou: "ohhhhhhh gostosa!". Todo esse romantismo arrancou um belo sorriso da jovem, e ele já emendou: "vamo da uma vortiada?". Muito discretamente ela fez sinal com o dedo: "depois, depois".
     
Como não pode faltar em um conto de fadas, lá estava o vilão escorado em sua pampa: Vardinélson, trabalhador malvado que investiu o salário dos últimos meses na sonzera, foi sequestrar a bela em sua humilde residência, patrocinou a cerveja e fez o frete. Olhou com ira aquele chevette que fazia o retorno e voltava para atacar seu palácio. Nesse momento a Popozuda, em um único movimento, já havia descido da carroceria e pego sua bolsa. Com o chevettão mais próximo, ela suspirou: "oh querido Vardinélson, vou dar uma voltinha e logo volto aqui com você". Se deixar o pobre responder, subiu no cavalo branco do príncipe, digo, adentrou no chevette. Olhou fixamente nos olhos do moço e disse: "quero dá uns pega em você", e ele respondeu: "Adóroooooo! Prazer Vantoir, mas me chama de Vanto".
     
E rumaram os dois no chevette até o outro extremo da avenida, popular alpes, para o encontro de amor. Desceram do chevette, Vanto abriu o porta malas e puxou um belo garrafão de vinho, da marca mais nobre encontrada em seu bairro. Nossa bela tomava como se fosse água, Vantoir também não ficava pra trás. Em certo momento da confusão, se "bejárammmm memooooo". Daqueles de parar o trânsito, visto que desequilibrados pelo álcool acabaram caindo no meio da rua. Entre beijos e abraços, o vinho véio corria solto. Trinta graus na noite e o vinho quente descendo que era um suco.
     
E não é que no meio dessa bebedeira nossa bela ficou louca? Começou fazer um gritedo, chorar, espernear, parecia que tinha tomado uma facada. Vantoir meio sem jeito "boleou" a gata dentro do auto e saiu em disparada: "vo te leva pra casa que você tá mal". E foi só ele acabar de falar que pronto, a bela deu aquela vomitada no interior do chevette. Daquelas que começa no banco, passa pelo painel e termina na marcha. Vantoir morreu por dentro. Sua nave havia sido invadida por seres alienígenas que repousavam no estômago da bela. Na sequência a jovem desmaiou, o álcool venceu a batalha.
     
Final da noite: Vantoir indo bêbado pra casa com o chevette imundo, quando vê encostar ao seu lado a pampa de Vardinélson acelerando freneticamente. Após um projeto de pega, visto que caiu a descarga do chevette e a pampa apagou, ambos saíram do carro trocando elogios, e o festival de socos começou. Pelo menos tiveram mais sorte que a Bela. Esta acordou oito horas da manhã a base de vassouradas de um frentista que varia o pátio de um posto de combustível. Sim, o príncipe deixou a Bela no banheiro e "sarto fora".
     
Na semana seguinte eles se encontraram, brigaram, se perdoaram, o fervo se repetiu em algum outro local da cidade, começaram a namorar e viveram felizes para sempre (sim, final podre mesmo, como todo conto de fadas)
     
Moral da história: nem eu sei direito. Comentem aí se acharam alguma.

2 comentários:

Denilton disse...

A vida como ela é.......hahahha

Leandro disse...

esqueceu de mencionar os adesivos "TURBO" E "Racionais" na traseira do chevetera, no mais tudo verdade ahshuashasuash!!