quarta-feira, 29 de julho de 2009

Contar ou não Contar Sobre Traição, Eis a Questão

     Fiá da Puta! Começo o post com essa expressão melo dramática pois a algum tempo atrás presenciei uma clara Bolada nas Costas de um Canalha. Lá estava eu nas minhas andanças noturnas que acontecem sempre à noite, faceiro que nem gordo de camiseta nova, degustando um saboroso whisky com quipo Guaraná, quando a certa altura vejo o que meus olhos não gostariam de ver.
     Uma nobre moça cruza por mim e olha com uma “bizoiada” meio diferente. Nos primeiros segundos de raciocínio pensei: “opa, olhar diferente detectado”.Quando meu cérebro processou a imagem facial... Houston,We have a problem!!! A jovem era conhecida, e o que é pior, namorada de um Canalha Amigo. Ai ai ai ai ai, e agora José? Liga pro cara, conta, não conta, faz vista grossa? Poxa vida, o que fazer? Se você presenciou algo do gênero continue lendo...

     Essa é uma questão extremamente delicada, pois coloca em cheque o raciocínio do canalha: em um primeiro momento ele pensa na relação de amizade que tem com o outro. Nesse momento é forte o impulso de tirar o Gran Bell do bolso e ligar comunicanco o fato ON TIME. Feita uma reflexão você começa a ponderar, mas ligar a essa hora, será que não é muito tarde? Vai que ele fique bravo comigo. Mais um pouco de dúvida na mente e você pensa:”acho que vou deixar pra resolver isso amanhã...”. Independente da decisão tomada uma coisa é certa: você fica totalmente queimado pelo seu parceiro.
     Sim, podem até dizer que isso é mágua, não tem pobrema! A questão é que você pensa na parceria, raciocina que o teu amigo é quieto que é um fuca em relação ao namoro, não apronta, é gente boa, e do nada a gata se acha no direito de sair para curtir sem comunicar a outra parte. Sinceramente, não tem como conter a vontade de comunicar a parte que saiu lesada na história. Em relação a isso só existe um “pequeno” porém,o poder de persuasão da jovem em relação a mente do canalha.
     Esse é o fator que deu origem a um velho ditado: “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Sim, porque aí você faz o papel de amigo gente boa, esperando ter feito um baita favor ao parceiro, e quando menos espera, o feitiço vira contra o feiticeiro. A jovem faz um belo trabalho mental no cérebro do canalha e este acaba acreditando nos argumentos da gata. E olha que os argumentos são muitos:


- Cuidado com teus amigos, quando você vira as costas eles dão em cima de mim. Ele fez isso pra você acabar e depois vai querer ficar comigo (deve ser mesmo, desculpa esdrúxula, mas muito utilizada);
- Sim, eu fui lá e quando ele me viu veio quente dar em cima de mim(essa é clássica);
- É mentira, tudo mentira. Falam isso só pra estragar o nosso namoro, pra ti ver como eles são teus amigos (ta bom, tamo vendo miragem agora. Essa é chantagenzinha barata);
- Você só escuta teus amigos, vai lá com eles então, não gosta de mim(acabaram os argumentos, partiu para o sentimentalismo).


     Depois dessas artimanhas, e inúmeras outras não citadas (incluindo colocar o canalha na posição horizontal e "abafar o caso"), cabe ao bom e velho canalha ponderar: bom, onde tem fumaça tem fogo. Meu amigo fez o favor de passar o relatório, cabe a eu tomar a decisão que eu desejar. Ou então o não canalha, aquele que não merece o título de parceiro, acredita em todos os argumentos apresentados e ainda por cima queima uma amizade. Essa é uma atitude lamentável, que merece desprezo, mas cada um com seu cada um.
     Pra finalizar, no que ocorreu comigo deu tudo certo. Como bom amigo estava no dever de comunicar apenas o que vi, e o fiz. O nobre canalha acatou e fez o que achou certo. A relação de amizade e parceria perdura. E a jovem, bem, tomara que pense duas vezes antes de dar o nó em um canalha, por que sinceramente, hora ou outra a casa cai, isso é fato!