Talvez você meu nobre amigo ou minha nobre amiga canalha tenha passado aqui pelo blog e “estralado o zóio” tamanhas as canalhices que leu no pouco tempo que conseguiu permanecer neste humilde blog. Porém, é fato que as histórias ocorridas e relatadas não são as primeiras e nem serão as últimas que aconteceram nessa vida. A canalhice perdura de longa data.
Como já disse em outros posts, a canalhice é a mesma, só mudam os personagens. E no almoço de domingo pude comprovar este fato. Um parente meu de mais idade se empolgou com uma história que contei, e resolveu relatar algumas passagens “do tempo dele”. Pela idade e descontando a idade de sua adolescência, calculo que foi lá pela década de 1960. Unida a essa história relato mais alguns “causos” do pessoal das antigas que escutei numa cancha de bocha após a velharada tomar umas e outras...
A história contada pelo parente: Antigamente os bailes ocorriam em salões de madeira, geralmente na casa de algum anfitrião que organizava a bailanta. Nada de sonzera alta, luz, fumaça e essas paiaçada aí que mais atrapalham que ajudam. Era um gaitero e um violero empolgados e dele que dele. A turma desse canalha parente se reunia no canto do salão e simulava um início de briga. Paralelo a isso outros dois saiam para fora e “desarmavam” a estrutura da escada. Ao ver o pseudo quebra-pau, a juventude migrava afoita para fora do salão. Os brigões, bem, esses corriam observar nas janelas.
Nesse momento era só neguinho voando e caindo tombos fenomenais... não satisfeitos com isso, corriam até a patente, uma estrutura de madeira com um buraco embaixo onde o pessoal fazia as necessidades, e deslocavam a mesma um passo para trás. Assim, quando o canalha caminhava meio bêbado para tirar uma água do joelho, caia contudo na buraco, geralmente com mais de um metro de uma mistura perfumada de urina e fezes. E achar talco pra tirar o cheiro! O negócio era ir pra casa fedendo estrume e blasfemando contra o autor da façanha.
Não satisfeitos, quando estavam saindo do baile sem pegar nada, ao desamarrar os cavalos, notaram uma bença: uma bela caixa de abelhas dando sopa. Um deles levou os cavalos enquanto o outro sutilmente quebrou a caixa próximo ao salão de baile. As abelhas raivosas saíram da caixa e voaram reto para a fonte de luz, que por coincidência vinha de dentro do salão. Nem preciso dizer que a festa acabou por ali... no outro dia antes da missa era todo mundo comentando do fim inesperado do baile, e o parente e o amigo fazendo cara de espanto. Ah se a moda pega hein!
Pra não alongar muito o post deixo a história do desbravador de Caxambu para outra hora. Mas uma coisa é certa: entra ano sai ano, vai uma geração e vem outra, o esplendor da juventude é um só. É nesse momento que, mantida uma mente saudável fora de coisas nada canalhas (droga, atos ilícitos, etc), um bom canalha deve aproveitar sua vida! Se ela esta passando e você não está aproveitando como gostaria, reveja seus conceitos e... bem vindo a canalhice!
terça-feira, 26 de maio de 2009
Canalhice das Antigas: Nas Bailantas do Interior
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