terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fim de Noite

     Na vida de um verdadeiro canalha existem algumas coisas que são únicas. Por mais que os fatos sejam bastante parecidos com os que ocorrem com a grande maioria das pessoas, algumas peculiaridades são tão excêntricas que nada as paga. Desde o esquenta até a hora de dormir com o sol já radiante, uma noitada reserva situações pra lá de inusitadas. E nessa história toda uma situação se destaca: a finaleira da noite. Aquele momento que separam-se claramente os canalhas dos roscas. Onde exige-se muito espírito empreendedor para fazer um final de festa se tornar lucrativo. Mas como afirmei diversas vezes, só mesmo um canalha nato sabe como agir.



     Vamos aos fatos do fim de noite!

     Comecemos com uma visão histórica. Incontáveis foram as vezes que ao sair de casa por volta da meia noite escutei: "mas isso são horas de sair de casa? No meu tempo meia noite era hora de estar dormindo". Em outro momento, conversando com outra pessoa um pouco mais nova que esta, escutei: "Cara, no meu tempo a balada ia até no máximo quatro horas da manhã". Pois é, parece que o negócio virou várzea mesmo, tanto que toda a balada que se preze já deve trazer incluso um serviço de café da manhã. Se bem que nem teria graça... o que seria dos bêbados que rodam a cidade em busca do tão sonhado cachorro-quente matutino?

     Mas falar de história é legal. Foi só pegar alguns tios em uma tarde de domingo regada a muita cerveja, que a verdade começou a sair. Reza a lenda que depois do baile era bastante comum que dois irmãos ou primos levassem duas irmãs para casa, visto o perigo de se andar à pé na noite do interior (entendo, totalmente perigoso). E reza a lenda que misteriosamente ao cruzar por algum arbusto, um casal desaparecia. O outro casal corria para procurar o primeiro, mas sempre erravam de arbusto. Misteriosamente algum tempo depois se encontravam. Já pensou se aqueles "matinhos" falassem? Realmente a fama do "fim de noite" já vêm de longa data.

     Mas de volta aos dias atuais, posso afirmar que na noite muita coisa louca acontece. E sendo mais detalhista, é no fim da noite que realmente coisas até então inimagináveis se tornam realidade. Parando para pensar um pouco, nem é tão difícil de entender. Uma série de motivos permitem afirmar que é o momento propício dos "garranchos". Em primeiro lugar, você sabe que está nos 45 do segundo tempo. Ou as coisas acontecessem, ou "so sorry my friend", vai pra casa dormir. Depois disso elenco o fator álcool. Não estou falando do maníaco irresponsável que toma um trago e sai por aí dirigindo de forma suicida. Estou falando do fator alcoólico como facilitador de relações. Para não deixar quem não bebe de fora, empatado em segundo lugar cito o fator cansaço. Tanto físico quanto mental. Já vi muita gata bancando a difícil durante a noite toda, cortando mais que faca de frigorífico, mas que misteriosamente se entregou na finaleira. Méritos para o bom e velho canalha que foi vencendo no cansaço. Tem alguns amigos que chegam a deixar um "carreirinho" ao redor da moça de tanto que insistem. Outras moças simplesmente querem ir para casa... isso as vezes irrita.

     Por esses poucos exemplos deu pra perceber que o fim de noite é mágico. Eu já passei por cada história, que se fosse contar com certeza faria um belo espetáculo de comédia misturado com romance. Quem sabe um sitcom a lá californication? Sim, pois não foi uma nem duas vezes que deitei na cama e fiquei rindo sozinho e pensando: "não, isso não aconteceu... que loucura velhinho!". E tomado pelo álcool cai em sono profundo. O legal mesmo é que no outro dia você acorda e não lembra de nada. São necessários trinta segundos para você se situar no planeta. E mais algumas horas e várias ligações para testemunhas oculares para juntar todos os fatos de uma forma cronológicamente exata. Mas sempre fica alguma coisa de fora.

     O pior de tudo quando o fim de noite não tem fim. Sim, exatamente isso. Normalmente essa situação ocorre quando tudo dá certo para todos. Você se divertiu e seus amigos também. Logo todos ainda tem um pouco de adrenalina percorrendo as veias. Se um da turma foi cortado, perdeu a comanda, brigou com a namorada ou afins, possivelmente ele prefere não encarar a finaleira. Foje como uma choca véia e corre para o ninho. Porém, se todos resolvem enfrentar, perca total. Sim, pois o balaço que já está passando já é emendado em outro balaço matinal. A idéia de dormir já passa longe da cabeça. O lanche para curar ressaca vira um churrasco na casa de alguém. E quando menos se espera, a noite da lugar ao dia e o fim de noite foi vencido. Situações bem peculiares que posso muito bem afirmar... muita coisa acontece no fim da noite.

     No fim da noite já me dei bem e já vi muito amigo canalha se dar mais do que bem. No fim da noite já me abracei com alguns parceiros e tomei todas até o sol nascer. No fim da noite já rodei a cidade procurando por mais festas e acabei em um boteco qualquer comendo para curar a ressaca. No fim da noite já vi alguns anti-canalha se rebelarem por motivos pífios, talvez levados pela frustração do fracasso somado a máguas profundas. No fim da noite já vi mulheres chorarem aos prantos pelos desafetos amorosos. No fim da noite já vi grupos de amigos se juntarem para momentos que talvez nunca mais voltem a acontecer. No fim da noite vi pessoas se despedirem e infelizmente nunca mais tornei a vê-las. No fim da noite vi pessoas pela primeira vez e felizmente fortaleci laços de amizade que perduram até hoje. No fim da noite presenciei momentos que vou levar comigo para a toda a vida, pois foram tão prazerosos e divertidos que posso afirmar: "serão inesquecíveis". Só mesmo quem já venceu uma finaleira para saber o quanto ela é única.

     Finalizo bem ao meu estilo, citando parte de uma música muito tocada nos bailes da região: "Mas voltei, de volta estou nas madrugadas, igual a lua e a noite, que morrem sempre abraçadas..."

Leia Mais…

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Topa Tudo Por Dinheiro

     Aêee Sílvio! Quem quer dinheiro? Olha auditório, olha aí três aviõezinhos de cem reais... alô Lombardi! E atenção, a pergunta valendo um milhão de reais... quem aqui amigo nunca fez algo por dinheiro? Com certeza TODO MUNDA JÀ FEZ, afinal, estamos inseridos em um sistema capitalista. Trabalhamos por dinheiro, estudamos para ganhar dinheiro, e por aí afora. Não é a toa que os programas de auditório que envolvem premiações fazem tanto sucesso... principalmente para quem? Bingo! Para quem tem menos dinheiro!




     Mas o que isso tem a ver com a canalhice dos tempos modernos? Na verdade tem muita coisa. E isso que pretendo esclarecer neste post. (OBS: o blog não morreu, apenas seu autor cabalha master anda bastante ocupado e é movido apenas por comentários... se querem ler mais, fica a dica! )

     Como tudo na vida, esse post também tem um motivo. Resolvi escrever a respeito do tema depois de uma boa conversa com alguns amigos. Estávamos jogando um truquinho a cinco pila (afinal se não envolver dinheiro perde a graça), quando um nobre canalha começou a reclamar: "Porra véio, não aguento mais alguns falsos amigos que eu tenho. Comem, bebem e fazem festa junto comigo e na hora de dividir os custos da brincadeira todo mundo some. No fim das contas eu organizo e ainda por cima tenho que bancar marmanjo". Depois dele introduzir o assunto me obriguei a filosofar um pouco sobre o tema.

     Sim, pois no exato momento que ele contou a passagem me identifiquei. Por diversas vezes encabecei a organização de algum evento, festa ou mesmo confecção de algo, e no fim das contas acabei tendo que tirar grana do bolso para cobrir os inadimplentes. Depois de várias frustrações, decidi largar mão destas atividades. Isso apenas para citar um exemplo. Toda a vez que a turma resolve organizar alguma coisa, inevitavelmente alguém tem que ser responsável pela cobrança. Pelo histórico que teno, geralmente sou incubido de tal fato. Pelo menos ultimamente está bem melhor, todo mundo tem plena consciência de que devem, e precisam pagar.

      Mas a discussão central do post não é realmente esta, pois todo mundo sabe que de negador de conta e escora o mundo tá cheio. A questão é quando envolve relacionamento. Ontem twittei a seguinte frase: "Jamais deixe que o dinheiro tenha peso na hora de estabelecer uma relação." Essa frase explica bem a mensagem que desejo transmitir ao escrever estas palavras. Sim, pois ao longo das minhas jornadas canalhas, inúmeras vezes, senão na maioria delas, vi que o dinheiro fala mais alto nas relações interpessoais.

     Algumas vezes conheci pessoas na noite que estavam lá, cercadas de amigos e mulheres e no centro ele, o saudoso litro de Johnnie acompanhado dos toros vermelhos bem gelados. Naquele momento o cara era rei. No meio do bolo eu conhecia algumas pessoas, e acabava pedindo: "O meu, quem é o cara que tá pagando a bebida?". A resposta era meio genérica: "cara, esse é o fulano de tal da silva, tá pagando 3 litro de whisky hoje. Pense em um cara gente boa, parceiro pra caramba". Quando não conhecia o cara, tentava me aproximar e antes de aceitar o primeiro copo esperava para ver se realmente seria bem aceito na turma. Normalmente levado pelo álcool o cara nem percebe, e quem aparece vira amigo. Ok, se o cara se dispôs a pagar a festa, tudo bem, segue o baile e vamos festejar.

     Aí em outra noitada encontrava o cara novamente. Lá estava ele com seu copo na mão e observando o movimento. Bêbado ou não, a quantidade de pessoas ao seu redor era bem menor. Algum outro amigo e talvez um cumprimento esporádico de alguma donzela. Nesse momento sempre fiz questão de chegar até o cara e no momento oportuno pagar uma rodada. Por mais que o cara dizesse que não, insistia, pois a partir do momento que fiz uma parceria para fazer festa com ele, firmei um compromisso de devolver em outra situação. A cada vez mais esquecida história de que "uma mão lava a outra". E na maioria das vezes que isso ocorreu, claramente a pessoa foi pega de surpresa.

     De posse de uma amizade mais estreita, a maioria me confessou que praticamente ninguém que na noite das vacas gordas se aproveitou da situação sequer comprimenta o cara algum tempo depois. E que a atitude que eu tomei era até de estranhar de tão rara. Mas cadê os cidadãos que batiam no ombro e falavam: "tu sim é gente boa"? Posi é, são os mesmos que por trás dos ombros também falam: "fulano de tal pagou a noitada pra nós, não gastei um pila e ainda por cima peguei a gata que ele tava de olho". Agravando mais um pouco: "cara, esse loko é um mala, se acha mas é um coitado". Legal, uma punhalada pelas costas das boas.

     Essa situação é corriqueira. Fico totalmente decepcionado quando vejo pessoas próximas a mim se comportar desta forma. Ao encontrarem alguém "da grana", ou alguém com um carro bacana, uma casa com piscina, e similares, babarem ovo puramente pela posição financeira do indivíduo. Sabem porque? Mágua da minha parte? Muito pelo contrário. Seria mais um sentimento de pena. Pois a pessoa do outro lado sabe muito bem quem se aproxima dela por interesse financeiro ou não. Ela não conquistou tudo aquilo deixando-se enganar por interesseiros. Ela sabe muito bem que o "puxa-saco" que bate nas costas e faz de tudo é um cara que não merece respeito algum, pois se sujeita a ser humilhado para usufruir do outro.

     Pra piorar, no relacionamento afetivo é exatamente a mesma coisa. Se um cara tem um certo poder financeiro e percebe que uma mulher se aproxima dele levada por essa informação, ele sabe muito bem o que fazer: pegar e chutar. Sim, ele tem a consciência que a gata quer usufruir de seu patrimônio. Tudo bem, pode usufruir, desde que ele use e logo em seguida descarte a mesma. O patrimônio do cara logo é reposto (muitas vezes precisa de muito pouco para conseguir usar), mas e como fica a gata? Isso mesmo, fica usada. A regra é clara, se o interesse predominar, certamente a relação não passará de um usando o outro temporariamente, pois isso não tem como dar certo.

     E isso não ocorre só com o lado feminino. Muitos homens procuram mulheres ricas ou de família rica para colocar o burro na sombra. Esse cara certamente não tem um perfil canalha nato. É um engano clássico fazer isso, pois com certeza, da mesma forma com que um cara percebe que a gata é interesseira, a recíproca deve ser verdadeira. E novamente uma relação de interesse nasce fadada ao fracasso. Eu posso escrever isso com segurança pois já vi, e ainda vejo situações assim. Até mesmo no meu caso faço algumas reflexões para saber se não está acontecendo comigo. Cada vez mais aguço meu filtro para evitar ao máximo "amizades" e "relacionamentos" que fogem da verdadeira essência... a sinceridade.

     Em linhas gerais, a partir do momento que esse ponto esclarecido, você vive melhor. Você sente que realmente as pessoas passam a ser sinceras com você. Em uma amizade isso é muito importante. Porém em um relacionamento isso passa a ser fundamental. Sem isso é provável que ele não dure muito tempo. os provérbios antigos podem parecer bestas, mas vêm regados de muita sabedoria. Já ouviram aquele que diz: "quando a crise entra pela porta, o amor sai pela janela"? Geralmente é isso que ocorre. E porque ocorre? Porque tudo começou com um jogo de interesses. Sendo assim, cada um faça sua escolha e veja aonde vai dar.

Leia Mais…

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O Que Move o Mundo

     Não sei o porque exatamente da sexta-feira ser um dia o qual estou inspirado para escrever. Elenquei três motivos possíveis: o fato de ser sexta-feira, que por si só é justificável; o elevado grau de sono que sinto nas manhãs de sexta; ou talvez a cervejada com alguns amigos na quinta a noite. Dos três, acredito que o último é o mais plausível. Parece que uma mente regada com cerveja rende boas idéias.




     E a idéia que veio em mente já havia sido discutida a muito tempo com um colega de trabalho. Todavia, foi necessário um pouco de álcool para tornar essa teoria mais clara, possibilitando assim escrever este post. Vocês sabem o que realmente move o mundo? Vamos aos fatos...

     Pode até parecer bombástico, mas afirmo que o que move o mundo é o sexo, seguido de perto pelo dinheiro. Essa teoria foi levantada por um amigo meu do trabalho, e graças à minha visão canalha dos fatos, amadureci um pouco a idéia. Lembro muito bem que ele estava meio apertado, e bastante insatisfeito com condição de estagiário. Aí ele me fez uma série de perguntas:

     Cara, porque você fez faculdade? R: Pra me formar, é óbvio;

     Mas se formar por que? R: Pra se dar bem no mercado de trabalho e conseguir um bom emprego, ou com sorte empreender e se dar bem;

     Mas por que ter um emprego? R: Pra aplicar o que aprendi e ter um bom salário;

     Por que ganhar bem? R: Pra me sustentar, poder comprar as coisas que eu quero, como um carro, um AP, e tudo mais;

     Por que todas essas coisas e não ficar às custas do pai? R: Pra ter independência e fazer o que quiser, podendo sair e curtir bastante;

     Por que sair pra curtir? R: Tudo bem, pra pegar a mulherada, admito;

     Estamos quase lá... por que pegar mulher? R: Um tanto quanto pessoal, mas a resposta parece bem óbvia... pelo sexo.


     Pode parecer um diálogo sem sentido, mas eis uma constatação: qualquer coisa que você faz, com as perguntas certas, acabará levando à mesma resposta. Já li muita baboseira sobre a questão de tudo ter um por que, mas levando essa discussão mais a fundo, percebemos que esse por que inevitavelmente vai levar a mesma resposta final. A reprodução da espécie em um mundo tomado pelo sistema capitalista gira em torno destas duas variáveis: dinheiro e sexo. Pode parecer exagero, mas tudo se explica com base nessa linha de pensamento.

     É óbvio que antes disso temos as necessidades básicas, como pro exemplo a sobrevivência. Mas até ela acaba sendo atrelada ao erotismo. Sim, pois quando nascemos sabemos apenas nos alimentar e colocar pra fora os resíduos. Agora pensemos um pouco. O alimento, na grande maioria dos casos, vêm do leite materno. Os resíduos são eliminados pela urina e fezes. E depois que atingimos a puberdade, quais as partes do corpo nos chamam mais atenção? As mulheres tão preocupadas com o tamanho do peito, os homens, com o tamanho do membro, e assim por diante. Novamente o sexo metido no meio da história. Freud explica bem como nosso comportamento sexual na adolescência é influenciado pela forma como fomos tratados na infância.

     Confesso que talvez estes argumentos não sejam suficientes para vocês concordarem plenamente com a teoria. Quem sabe um estudo científico mais aprofundado daria um melhor embasamento para essa idéia. Mas afirmo que pelo menos faz algum sentido. Tanto que na conversa de ontem criei um teorema interessante: "os homens buscam dinheiro pois com ele conseguem o sexo, e as mulheres usam o sexo pois com ele conseguem dinheiro". É claro, existem exceções. Sempre existirão mulheres bem sucedidas pelo esforço próprio, ou homens acima da média que podem ter sexo sem dinheiro. Mas convenhamos, eu nunca vi um mendigo se dar bem pra cima da mulherada. E também não vi aquela gordinha enrustida ser uma profissional bem sucedida. Em algum momento a mulher usa seu poder de sedução para conquistar seu espaço. Nem que seja um pequeno decote ou uma sutil jogada de cabelo para o lado.

     Ultimamente venho comprovando esta teoria nas mais diversas situações. Parece que funciona para todos os casos. A cada volta que o mundo dá, desde a pré-história até a idade moderna, tribos, impérios e até civilizações inteiras surgiram e desapareceram movidas pelo sexo. Afinal, ele é o principal responsável pela reprodução de toda a vida na terra.

Leia Mais…

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fervo na Visão de um Piazão

     Nas várias noitadas que fiz por aí, meus ouvidos foram "acariciados" com muitos termos e expressões que com certeza vocês também já ouviram. É claro que muitas pérolas foram excepcionais, enquanto outras chegaram até a virar modinha. Não é a toa que no blog frequentemente nos deparamos com "que bença", "vo froxo", e assim por diante. A mais nova onda do momento é "que beleza, isso que é bunitooo!". E com certeza muitas passaram e milhares de outras estão por vir. Usar alguns termos e expressões divertidas com certeza deixa a conversa mais engraçada e descontraída!




     Mas é claro que tudo tem um limite! O problema é quando a conversa TODA gira em torno das gírias - com o perdão do trocadilho. Pensando nisso resolvi descrever um fim de semana na visão de um piazão de bairro. Com certeza tem muita gente que fala assim, ou até pior... vamo lá então magnata, continua lendo ai bródi!

      Um Findi com Auts Fervo!



     Eu so um mano cento por cento tá ligado mano! Comigo é bala na agúia! Escreveu não leu o pau comeu irmão! Sexta-feira de tarde, e eu lá no trampo dando um nó na chefia. Ele chega cheio nas panca comigo, e eu já do no meio. Esse negócio de trampa na sabaderia comigo não rola. Já meti um 171 que tinha umas parada pra faze e peguei uma forga. No embalo da parada já meti né véio: "pô magnata, descola um vale ai de 50 pila que to apertadote ai". Ele reino um poko mas me jogo um cheque nos peito. Matemo a pau, agora é só se boleá pro fervo!

     Seis hora não quiz nem sabe né mano, atirei as ferramenta e dei uma de pneu furado, vazei do trampo. Já bati um fio pro Bronha e disse: "O ermaun, chega de peão rapá, na noitada nós semo memo é patrão!". Confirmei com ele e se boliemo pro Bar do Alemão. Creim, filemo auts ovo de codorna com espetinho de pexe e já desaforei ele na sinuca. Dei um capote que dexei o Bronha cas sete bola na mesa. Meti uma pressão na aposta e barganhei 5 mango. O arrego mesmo foi que ganhemo mais 30 no truco duns coroa que quiseram dá uma de malandro. Pra cima de nós não né loko!

     Perto da noite sartemo da bodega e fui pra baia bebe um bano. Meti autas beca e sai nas pampa pro estoro. O fervo no prolonga da avenida ia se forte. Foda que os porco prenderam minha jóinha (uma CG 86), dai meti uma pressão pro Bronha sai de chevetera. Tá com tudo os documento no rolo, mas não muda nada, vintão de gasolina nos peito e ele fico mais loko que o padre do balão. Já meti dez pila de crédito na apareiage pra liga pras tilanga e vamo dale pau. O Bronha já saiu carçado. Se os loko do Quedas pula em nós temo um Berro e um facão moquiado no porta mala. Os nego de lá tão na pira com nóis por causa duns rolo que deu, má mais pau, se vierem pra cima rodeio o umbigo deles a bala.

     Creim, peguei a Chevetera do Bronha pra dá umas banda porque ele não tem cartera, e já dei uns valo bem loko. Fiz a chevetera arreta as curva. Passemo nos alpes uns prayboy já quiserem tira nóis pra bobo. Já mandei me pularem. Como são rosca froxa saíram de perto. Foda que numas altura da night acabo o garrafão de vinho que guentei do véio, e nóis ainda nem tava no briio. Já propostieu o Bronha pra compra mais gole nas cumba. Certeza né, porque em sucia sai tudo na faixa, e quem tem fio barbado é jundiá e gato. Matemo a pau, descemo na bodega e compremo um kit pancadão a 9,90. Auts arrego, veio gelo, o gole e mais um litro de egisnético. Pense num baguio massa pra caraio.

     Metemo um prolonga. Pense num baguio bombando. Falei pro Bronha: "Creim loko, aqui nóis dominemo... vamo ferve tá ligado!". Encostemo a chevetera do lado de umas loka, ma pense numas granada. Dançavam auts bem. Do otro lado da rua vi minha eis se passando com uns loko. Auts bola de fogo aquela loka. Depois que trancaram o véio dela viro uma tranquera. O Bronha tava a fim de dá um vazari, mas falei pra ele: "se mate loko, se nós sarta daki é certo que ela vai me chama de maguado, vam ofica aqui e vamo ferve o Ki-Suco, mais pau!".

     Nisso faço uma dose do kit pancadão e as loka já se ligaram na fita. Uma loka já fico me cuidando, e vi que a otra falo: "creim cos loko, tomando auts gole". Já fiquemo de pé na patrola. Meti uma pressão e já se enturmemo. Autas moral com as loka. Puxei o papo com a mais gata: "e ai mina, te curti pra caraio, faz tempo que tão na banda?". E ela meteu: "creim loko, temo aqui bufando desde as cinco da tarde". Pensei comigo, aqui já fexo o brike. Dei mais uma tentiada nas otras, mas a loirinha que tava me encarando o Bronha tava cercando, dai deixei quieto. Chamei ele de canto e disse: "loko, vamo fexa a parceria e dá uma banda com as tiliquinhas pra rola um eskemão. Na hora! Foda que a chevetera tava com a sonzera ligada tá ligado, dai tivemo que mete a parceria com uns piazão pra faze pega no tranco.... auts pira!

     Nessas hora o kit pancadão já tinha entrado na mente, daí resolvemo parti pra cima das gata. Peguemo as loka e levemo num lugar moquiado que eu e o Bronha descobrimo, daí só alegria o resto da noite. Na finalera ainda filamo um dogão as meia e detonamo o kit pancadão. O Bronha ainda queria mete parceria pra entra no Tradição, ma eu falei: "creim loko, to morto a pau, vo dá uma de dente podre e vo cai da boca!". Ele tava bem loko e se bolio. Dai que fui vê que tava sem paia, gastemo tudo no ferno, ma também, bufemo memo! Faze o que, pelo menos cozinhemo a noite intera. Fizemo auts moral com as gata. Meti som do Rauzera no celular e dei um pernaço até na baia. Ia conta na parceria sobre o resto do final de semana, ma no sábado que ia mete um bailão fui vê tava quebrado. Dai fiquei de boa na lagoa moquiado em casa. Que nada, ainda bem que segunda feira é dia 10 e o salário tá na faixa! Dai sim, mais pau!



     Sabem que escrevendo dessa forma acabo percebendo que meu "espírito barrageiro" aflora? Assumindo esse personagem confirmo a teoria que o que mudam são apenas os personagens e o custo da noitada. A canalhice e´a mesma pra todo mundo. Elogios quanto à corretude da escrita serão bem vindos! :D

     Que beleza! Isso que é bunito!

Leia Mais…