sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Escorrendo Veneno

     Engraçado como depois de um litro de whisky uma conversa casual de amigos se torna uma grande e duradoura discussão filosófica. E foi justamente o que aconteceu numa noite dessas. Depois de um tempo sem tomar todas, eu estava com vontade de me entorpecer, até pra livrar do stress do cotidiano. Dessa forma eu e um amigo resolvemos beber e dar uma observada na night. Acontece que esquecemos de observar a noite devido a gravidade do assunto em questão.



Leia mais e entenda...

     A questão central do debate foi como o ódio (conhecido popularmente como mágoa) toma conta do coração da maioria das pessoas. Antes de escrever sobre isso, é bom deixar bem claro: uma coisa é você discutir fatos, comentar coisas que as pessoas próximas fizeram. Outra coisa é distorcer informações e falar coisas sem realmente ter certeza. Sim, pois infelizmente todos falamos da vida dos outros. Felizes são os que conseguem discernir entre comentar o que ocorre de fofocas e boatos. Por isso que dizem: "pessoas inteligentes discutem idéias, pessoas normais falam de acontecimentos, e pessoas medíocres falam de outras pessoas". Aqui devo acrescentar: falar de outras pessoas não é ser medíocre, mas difamar outras pessoas passa a ser.

     Explicado esse ponto inicial, nossa discussão se deu justamente quando conversávamos sobre nossas relações de amizade. Olhamos pra um canalha que estava conosco, e comentei: "esse cara é muito gente boa, muito parceiro". Meu outro amigo concordou prontamente. Você sabe que é aquela pessoa que pode falar as coisas abertamente que ele vai ser sensato o suficiente para falar as coisas certas na tua cara sem ofender. Da mesma forma que vai ser sensato ao comentar do seu nome na sua ausência. Pois sim meus nobres canalhas, não se iludam. Na nossa ausência, COM CERTEZA vão falar da nossa pessoa. Fato! E é nesse momento que a grande maioria das pessoas falha. É aqui que a personalidade vem a tona.

     Uma coisa é comentar os assuntos de uma forma moderada, pensando em não difamar a moral da pessoa ausente. Outra é conversar com a boca escorrendo veneno. Chutando o balde em relação à outra pessoa. Isso é um claro sinal de que essa pessoa não merece confiança. Discorda? Tudo bem! Mas se essa pessoa fala mal de boca rasgada de outra, o que vai garantir que ela não irá fazer o mesmo em relação à você na sua ausência? Com certeza ela vai fazer isso, é de sua índole ter esse comportamento. E o erro mais comum que temos é achar que quando estamos ausentes nosso nome será citado sempre de forma positiva. Ledo engano! São poucos que tem o nível de honestidade ideal para agir da mesma forma tanto na sua presença quanto na sua ausência. Via de regra, parece que as pessoas tem o prazer de falar mal da vida alheia.

     Um exemplo prático talvez? Esse meu amigo comentou: "pois é cara, lembra do fulano que veio falar comigo no baile? Pois é, veio querendo falar mal da guria que tava contigo. E te falo isso porque sou teu amigo. Só que ao mesmo tempo que ele falava sentia que na verdade ele estava maguado e sentia inveja de você". Eu agradeci por ele ter contado. Engraçado que essa mesma pessoa dava toque e queria a todo custo a guria que estava comigo. Um exemplo simples mas que relata bem esse comportamento "Cobrinha Style" que afeta uma grande porcentagem das pessoas que nos cercam. E aqui teria mais um milhão de exemplos a serem citados, tanto fatos que ocorreram comigo, quanto com outros amigos e conhecidos. A tal da "trairagem" parece estar cada vez mais na moda.

     Eu descobri que ser honesto e sincero é muito bom. É a melhor coisa a ser feita. A algum tempo venho utilizando essa filosofia, e a cada dia que passa percebo que foi a escolha certa a ser feita. Percebi que as pessoas com quem me relaciono diminuiu bastante, mas as que me relaciono com certeza valorizam muito isso. É uma relação onde você tem certeza que nenhum dos lados irá sair prejudicado. Se fiquei com alguém e não quero nada sério, deixo isso bem claro. Se quero falar de um amigo para outro, ambos estão cientes das coisas que falo. Sem enganação e falsidade. E a cada vez que percebo o veneno escorrendo em uma pessoa, procuro me afastar. Tenho fobia de animais peçonhentos.

     O legal de ser um bom amigo é sentir que as pessoas te dão valor. Elas procuram você para conversar e pedir conselhos. E elas escutam pois sabem que você quer o bem delas. Outro exemplo. Um amigo meu veio me contar de um relacionamento que ele estava tentando iniciar, e pediu o que achava, que ele teria que abrir mão das festas, etc e tal. Falei com todas as palavras o que eu achava. Desde o perfil da pessoa, até a questão de abrir mão das festas. Mesmo sabendo que eu perderia um guerreiro de balada, minha opinião não foi levando em conta meus interesses, mas sim o que eu pensava e o que seria melhor para ele. Pode parecer meio GAY, mas ao final da conversa ele me olhou dentro do "grão do zóio" e disse: "cara, realmente você é meu parceiro, você não fala o que eu quero ouvir, você me fala o que é o certo a ser feito". E depois me deu um abraço. É muito bom quando esse tipo de coisa acontece.

     E na verdade acontece porque sinceridade é um sentimento que anda meio sumido. É como uma mina de ouro. Quando você encontra uma, quer a todo custo usufruir dela. Infelizmente as pessoas preferem estabelecer uma falsa relação, baseada puramente em interesses, do que de fato provar um sabor de uma amizade verdadeira. Pra quem me conhece sabe. Eu odeio isso! E assim como odeio o amigo que só é teu amigo na hora boa, também odeio o tipo de guria a qual você só serve quando está por cima. Mas enfim, não preciso desenhar. É fato que cada vez mais as relações estão sendo regadas á veneno. Cabe a cada um de nós escolher qual a melhor coisa a ser feita. A minha escolha já foi tomada!

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Amigo Oculto

     Novamente eu e minhas idéias. Lá estava fazendo um saboroso lanche (na verdade alguns restos mortais de bolachinha recheada com café preto mais ruim que petróleo, apesar de nunca ter bebido petróleo), quando veio o assunto em pauta. A questão do amigo oculto. Não, não foi uma discussão inverterada de cinéfilos sobre o filme. Foi uma discussão sobre o tão debatido tema "relacionamento".



     Ainda está viajando sobre o assunto do post? Tudo bem, esse era o objetivo mesmo. Continue que quem sabe você entenda... :D

     Em mais umas das tantas conversas de intervalo, comentamos sobre o grandioso jogo de futebol da noite de hoje, onde o internacional pode se tornar bi-campeão da libertadores (fanatismos à parte, tomara que vença). Nesse momento uma nobre colega comentou: "poxa vida, sou colorada e meu namorado é gremista, é tão ruim não poder comemorar". Logo em seguida falou que havia comentado alguma coisa envolvendo meu santo nome com seu namorado. Algo do tipo "O Zeh falou tal coisa sobre o inter". Nesse momento outra emendou: "sim, esses dias eu comentei com meu marido sobre uma piada que o Zeh contou". Novamente meu nome no meio da história. O legal foi o desfecho. Em ambos os casos os namorados tiveram uma crise moderada de ciúmes. Aquela coisa no estilo: "mas quem é esse Zeh?", ou então "mas você fala com esse Zeh!", "mas tu é amiguinha desse Zeh!" e assim por diante. E não é a primeira vez que isso ocorre. Momento tenso detectado.

     Observando o fato lembrei do tempo em que eu também namorava. Muitas vezes ia na casa da gata e, no meio das conversas sobre como tinha sido nosso dia, ela acabava comentando: "hoje o fulano fez tal coisa", ou então "hoje o ciclano levou lanche pra nós, ele é muito querido". Confesso que quando ouvia as palavras "fulano" e "ciclano" (substituam para seus casos particulares) aqueles nomes não me desciam. Por mais que eu tentasse ignorar o fato, pois eram simples colegas de trabalho, a malícia não me deixava. Sempre ficava com uma pulga atrás da orelha. Na mesma lógica, foram sucessivas brigas por eu comentar algo do tipo "não suporto a fulana que trabalha comigo". E ouvia comentários como "só pode que você deve amar ela, não para de falar dessa guria". A partir desse momento, modo briga - ON.

     Por isso acabei pensando que essa "teoria do amigo oculto" é bem interessante. O amigo ou a amiga oculto(a) normalmente é alguém que tem um convívio com seu namorado(a) ou esquema e não convive com você. è um ser que em um primeiro momento pode ser considerado um estranho no ninho, mas que geralmente não tem por objetivo bagunçar o mesmo. Algum filósofo já disse que "o ser humano teme o desconhecido". Vemos isso claramente no mito da caverna de Platão, onde as pessoas nasceram em uma caverna e enxergavam apenas a sua sombra. Aquela era sua realidade. A mesma coisa acontece em um relacionamento. Ao descobrirmos que um "estranho" tem contato com seu(ua) parceiro(a), o ser humano tende a desconfiar. Em um relacionamento chamamos isso de ciúmes. Mas isso pode ocorrer também em uma relação pai e filho. Mesmo você tentando dizer que seu amigo não é drogado nem bandido, a primeira sensação dos pais é a desconfiança.

     A teoria do amigo oculto é algo que explica muitas briguinhas conjugais. Por mais que a pessoa comente de forma involuntária sobre alguém com a qual tem convívio, na maioria das vezes a outra parte não é madura o suficiente para entender. E isso, quem em um primeiro momento pode parecer besteira, pode acabar virando um estopim para algo maior. Quanto mais escrevo a respeito, mais percebo o quanto somos mesquinhos em nossos relacionamentos. Falo no plural pois me incluo em praticamente todas as situações citadas aqui. Não tivesse presenciado, não teria experiência para escrever. Mas a sensação que tive quando comentaram sobre o fato acima foi: "poxa vida, como eu era um completo idiota em sentir ciúmes nessa situação". Sim, pois se a pessoa tiver qualquer vontade de "burlar a relação" com algum colega, com certeza ela NÃO VAI COMENTAR A RESPEITO DA PESSOA. Seria como cometer um crime e deixar provas cabais.

     Normalmente comentamos tudo que ocorre no nosso dia. É um processo natural do cérebro para se livrar de coisas menos importantes. E muitas vezes essa "eliminação de resíduos" acaba sendo mal interpretada pela outra parte. E aí, salve-se quem puder. O mais legal de tudo isso, é que depois que o amigo oculto toma forma, convivendo ou interagindo conosco, percebemos que o que fantasiamos, na maioria das vezes, não condiz com a realidade. De fato é apenas uma pessoa que interage no trabalho, estudo, ou outra atividade tão importante quanto a relação. Mas escrevi "na maioria das vezes" porque infelizmente existem exceções. E aqui o assunto torna-se um pouco delicado.

     Essa infeliz desconfiança do mundo moderno, a qual não nos permite mais firmar laços de harmonia com as pessoas é uma porcaria. Não podemos mais vender sem contrato, pois os caloteiros de plantão não perdoam. Não podemos mais sair tranquilos, pois marginais querem nos prejudicar. E quanto o assunto é relacionamento, não podemos mais confiar totalmente, pois alguns - com o perdão da expressão - filhos da puta sempre querem te dar uma bola nas costas. Algo do tipo "Essa gata tem namorado? Se vacilar to pegando!" é o pensamento que predomina na mente da grande maioria. Talvez é por isso que essa desconfiança exista. Não fosse por essa palhaçada que vemos de forma mais descarada a cada dia que passa, quem sabe as pessoas confiariam mais. É uma pena que não é assim. Eu procuro ser, eu faço minha parte. Mas muitas vezes para se gabar por alguns instantes, muitos acabam ignorando algo chamado "respeito". Fatalmente essas pessoas estão fadadas ao fracasso. É triste dizer, mas é a mais pura verdade.

     Ufa, nunca achei que uma discussão sobre futebol fossê tão longe!

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Galã de Rodoviária

     Mais um fim de semana bem movimentando, com uma segunda feira começando a todo vapor. Todavia os pensamentos canalhas não me abandonam. Desde sexta estava a fim de escrever sobre esse tema. E pelo fato de ter comparecido a um grandioso baile e comprovado minha teoria, nada melhor que escrever sobre um ser um tanto quanto excêntrico, um "serumano" especial, diferente de tudo e todos que você já viu: o grandioso "galã de rodoviária".



     Se você sabe de quem estou falando, continue lendo pra ver se concorda... se não sabe, aí sim você precisa ler. Vai que seja um estereótipo que tenha cruzado com você sucessivas vezes na balada e você nem tenha percebido...

     Pra começo de conversa já vou adiantando: muitos tentam, mas poucos conseguem ser legítimos galãs de rodoviária. Você pode até tentar imitar, mas quem conhece um verdadeiro ser dessa espécime recusa imitações, como já diria o pessoal do comercial de havaianas. Todo mundo sabe bem a diferença entre as chinelas originais e aquelas "sola seca" genéricas que encontramos por aí. Com um galã de rodoviária nato a lógica é similar, ele é inconfundível, incomparável.

     O galã de rodoviária é aquele ser que chama atenção naturalmente. A forma como ele se veste e a forma como ele se porta, por mais que pareçam ridiculamente forçadas, são maneiras naturais desse ser se apresentar. Absolutamente todos ao redor percebem a presença do cidadão. Não tem uma pessoa no evento que não nota sua presença. Todos comentam a seu respeito. Simplesmente ele é um cara que sempre é notado na balada. Tudo isso muito bom, muito bonito, não fosse o fato de que a presença do galã de rodoviária é motivo de chacota por onde ele passa. Assim como todos o notam, até mesmo o cara mais desprovido de senso de humor consegue reparar algo engraçado no galã para fazer uma piadinha. Do lado feminino, as jovens ficam exaltadas ao perceber a presença do galã. Elas só pensam nele. Algo do tipo: "meu Deus, se esse cara vier falar comigo eu estou ferrada, educação e bons costumes que vão à merda". Realmente um galã de rodoviária marca presença.

     Um bom e velho canalha deve ter chegado à seguinte conclusão: "poxa vida, espero que eu não me enquadre nessa categoria, coitado desse cara". Ledo engano minha gente! O Galã de Rodoviária é tão auto confiante, que por mais que esteja sendo o protagonista de um garrancho antológico, seu ego faz com que ele estufe o peito e passe aquela impressão: "creim loko, eu apavoro". O cara é tão foda que sua leitura da situação sempre é ao contrário da realidade. Se está vestido e se comportando de forma ridícula, no seu ponto de vista ele está por cima. Se está dando em cima da gata e a guria quer literalmente que ele suma, ele comenta pra todo mundo: "a gata está na minha, está louca pra ficar comigo, mas estou me fazendo de difícil". Pra resumir a descrição do galã de rodoviária: o cara é muito PHODA! Ridicularmente PHODA! Mas ao contrário! Querem exemplos? Vamos a alguns que presenciei apenas no evento do fim de semana.

      Baile. Eu e mais alguns canalhas presentes. Tudo certo, meninas nos cercando, cerveja, conversas, tudo conforme manda o script. à certa altura da noite avisto o primeiro galã de rodoviária do baile. Não precisou nem eu falar nada para um canalha comentar: "dá uma olhada no naipe do cidadão". Eu já tinha observado, só estava esperando por esse momento. O cidadão adentrou no salão de posse de sua camiseta baby look preta, colar, cabelo cacheado um pouco comprido. Porém, como queria meter balaca, inundou as melenas de gel e penteou para trás, rezando para que ficasse style. Não ficou. O cara era moreno escuro, e tinha um porte físico avantajado. Mais um daqueles que sofrem da síndrome "sou bombadão". Um frio de mais ou menos zero grau e o cara lá, de camisetinha para exibir seus dotes. Coisa linda! A cada cinco meninas que ele abordava, seis davam o fora. E ele lá, sorridente, peito estufado, olhando todo mundo por cima com aquele olhar "eu sou o cara, me chupem". Quando finalmente conseguiu dançar com uma jovem de uns trinta e poucos anos, a cena ridícula: na primeira rodada a camiseta subiu e revelou a cueca do cidadão... vermelha com tarja amarela. Não teve um que deixou de observar aquilo. Aquela situação onde você pensa: "quero meu dinheiro do ingresso de volta".

     Não deu nem tempo de fazer a análise do perfil do primeiro galã, avisto o segundo. Muito mal aparentado, roupas sem combinar, e uma laje um tanto quando "excêntrica". Todo cheio de pose, parou a alguns metros de uma gata, a qual conversava de forma bem animada com um canalha. O galã parou, meteu a mão no bolso, e ficou por mais de dez minutos batendo o pézinho no chão e olhando fixamente para a jovem. Mesmo sabendo que não estava chamando a atenção, com o peito estufado insistia em demarcar território. Mesmo todos ao redor sabendo da situação (sai fora loko), o galã de rodoviária ficou por ali... tentando meter pressão. Mesmo fazendo um papel ridículo ele não fraquejou: "vou conquistar a gata". Deve ter conquistado mesmo!

     São apenas duas situações que aconteceram em um mísero local. Agora você multiplique isso pelo total de festas e eventos que você comparece. E o pior é que em todas elas esse estereótipo está presente. Mas sabem o que é pior ainda? É que tem muita gente por aí que acaba sendo seduzida por um galã de rodoviária. Pode parecer bobagem, mas é fato! Não é só nos livros de romance que a gente encontra nos sebos que isso ocorre: "oi minha princesa, você é tão linda que roubaria todas as estrelas do céu pra lhe presentear". Totalmente brega, batido, famigerado, mas - é difícil, muito difícil escrever estas linhas - isso ocorre constantemente. Aonde está mesmo aquelas conversas inteligentes, aquela perssuassão indireta, o real poder de sedução? Já sei... devem ter perdido o ônibus ou foram sequestras pela gangue dos galãs em alguma rodoviária da vida. Malditos, bastardos inglórios, devolvam-nos a arte da conquista inteligente agora mesmo!

     Conclusão de tudo isso: recomenda-se que um legítimo galã de rodoviária pegue o primeiro ônibus que ver na frente e suma de qualquer evento, visto que um canalha nato usará o mesmo como chacota a noite toda. Fará piadinhas a seu respeito e provocará muitos risos nas donzelas. E o mais importante: para o galã de rodoviária, passará a impressão que de fato ele é o cara, de que ele domina a situação! Infelizmente a vida é assim... ou você se toca, ou alguém tocará você (sem duplo sentido) para bem longe... uma viagem apenas com bilhete de ida.

     Pra finalizar, o ministério da saúde adverte: "Caras meninas, se cruzarem com um galã de rodoviária por aí, denunciem, a não ser que de fato vocês estejam no seu habitat natural, normalmente bêbadas as seis da matina comendo pastel de rodoviária. Sim, pois é o único local da cidade que ainda se encontra aberto no pós-balada, e se bobear, cercado de potenciais galãs. É o blog do Brike Bão servindo como utilidade pública!

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O BrikeBao Agora Virou Rede Social

     É isso mesmo meus nobres leitores canalhas! Além do blog, vocês agora poderão fazer parte da rede social do brike bão. . Nela vocês poderão interagir com todos os demais canalhas que se divertem e fazem festa junto com todos os brike bão do sul do mundo! Acessem agora mesmo o www.brikebao.com.br




      É muita canalhice!!!!!!

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Categorias de SMS

     Fala galera bem mais ou menos! Após uma série de posts com assuntos românticos filosóficos, nada melhor que dar uma boa descontraída. E justamente o post de hoje resolvi criar com base em um nobre amigo canalha...

     OBS: Este post foi lido no Pretinho Básico do dia 12/08/2010 às 18:27 - que bença!



     O fato é que nós estávamos jogando um pokerzão, na casa de um amigão, quando percebi que o nobre atleta não largava de sua apareiage celular. Meio irritado com a situação, um colega falou: "velho, ou tu joga pôker ou tu fica mexendo no celular". Pra completar a trairagem eu emendei: "cara, vou te pagar um cursinho de datilografia pra celular". Os risos tomaram conta da jogatina. E ele se justificou: "só um poukinho, estou mandando umas mensagens para as nenéquinhas". E mostrou o celular com a mensagem: "oi linda, e aí, vamos sair hoje?". Nada demais, não fosse a lista de destinatários ser composta por mais de 10 contatos. Aí tive a brilhante idéia de de caracterizar cada tipo de SMS.... confiram o resultado!

      Segue abaixo as categorias de SMS:

     SMS "Pescador": É aquele que você manda pra gata bem tranquilo. Se ela responder tudo certo, você acertou o pulo. Se não responder, assim como na pescaria você só gasta com a isca e o anzol, você só terá gastado alguns centavos para enviar a mensagem;

     SMS "Tarafa": Derivado do SMS pescador, você manda a mesma mensagem para vários contatos ao mesmo tempo. Se um ou mais deles responder, você acabou de passar a tarafa com sucesso. Se nenhum responder, abandone a pescaria e vai dormir, o mar definitivamente não está pra peixe;

     SMS "Granada": É como uma bomba. Você recebe a mensagem e parece que o celular vai explodir na sua mão. Apertar em ler mensagem é como tirar o pino de uma granada: "Cara, acredita que eu peguei a ex mulher do teu chefe?". Depois de ler é só ver até aonde os estilhaços vão alcançar;

     SMS "Melado": A pessoa recebe a mensagem e parece que o celular começa a grudar na mão: "oi meu fofo mais lindo e querido! Que saudadinha de ficar do teu ladinho ganhando cafuné..." E todo aquele papo mela-cueca que normalmente só as pessoas mais pegajosas mandam.

     SMS "Prozac": Cura qualquer depressão. Normalmente você recebe essas mensagens no domingo ou na segunda a noite. Um elogio da gata que você pegou no sábado, ou então um convite para um esquema, ou mesmo um churrasco em plena segunda;

     SMS "EMO": Da raiva só de olhar. Você olha para ele e pensa: "eu não precisava ter lido isso". Algo do tipo: "cara, o esquema com as duas loiras pra hoje já era". Sabendo que minutos antes você acabara de dar o fora em uma baita gostosa. É EMO também porque dá vontade de se matar;

     SMS "Nego Véio": É o SMS curto e grosso. Sem enrolação. Se é pra um amigo, algo como "churrasco as 8". Se é pra uma gata fica "passo te pegar as 9". As únicas respostas possíveis são sim ou não, e não terá um segundo SMS pedindo o porque de não ir ao churrasco ou de não querer sair. Se não quiser, perde quem recebeu;

     SMS "Tá apertado": Avisa de algum evento e finaliza com a seguinte frase: "dá um toque se você for", pressupondo que a pessoa está sem crédito e não tem como te mandar outro SMS;

     SMS "Help me": Quando você está querendo se livrar de alguma coisa recorre ao Help me: "cara, me liga e inventa uma desculpa que vc precisa de mim". Muito útil quando está com algum esquema e não vê a hora de se livrar do mesmo;

     SMS "Monólogo": É aquele SMS que você precisa sentar para ler. A pessoa simplesmente manda uma redação para o seu celular. Não se toca que para situações como essa temos recursos mais avançados, como email. Não se toca que SMS é justamente serviço de mensagens curtas;

     SMS "Coletânea": Derivado do Monólogo, a pessoa se alongou tanto na mensagem que ela vêm em pequenas edições. Você vai recebendo as partes da mensagem e formando uma coletânea de assuntos que a pessoa abordou. Muito usada após finais de relacionamento;

     SMS "Alambique": É aquela mensagem que você lê e simplesmente não entende nada! Normalmente foi mandada direto da balada por um amigo bêbado que tentou contar alguma coisa. Vêm repleta de erros de português e caracteres estranhos;

     SMS "007": Normalmente é recebida por alguém que está dormindo ou viajando. Assim como no serviço de espionagem, a mensagem vai direto ao ponto: "cara, tua mulher tá na balada, e tá todo mundo dando em cima".

     SMS "MSN": Esse é pra enrolar a língua. Muito utilizada por pessoas que gostam mesmo de SMS. É tanta troca de mensagens que mais parece um chat. Só o valor gasto nessa conversa pagaria tranquilamente um pacote de dados para o celular;

     SMS "Charada": Você recebe a mensagem e fica louco de curiosidade para saber o que significa, ligando logo em seguida para a pessoa. Vêm com textos como "preciso falar contigo", oriundos da namorada, ou então "cara, tu precisa ver isso", vindo de um amigo. Desperta a curiosidade.

     SMS "troféu": Você lê e rapidamente procura um amigo para se gabar: "olha só a mensagem que fulana me mandou". Essa com certeza é a mais popular! Todo mundo já fez isso!


     È claro que temos muitas outras categorias, mas com certeza você já deve ter recebido alguma mensagem assim! Umas são uma bença, outras nem tanto. Mas COM CERTEZA você já pegou o celular na mão e se dirigiu a um(a) amigo(a): "heheheeh olha só a mensagem que fulana(o) me mandou", mostrando esta como troféu! E viva o SMS Troféu! Muitas vezes salva nosso domingo a noite!

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Como Se Comportar Após o Fim de Uma Relação

     Aos canalhas de plantão um aviso: qualquer coincidência com fatos da vida real é mero acaso. Com certeza alguns vão concordar, outros discordar, e fatalmente, outros irão criticar. Mas digo uma coisa pra vocês... até onde meu conhecimento canalha me permite, afirmo que isso é fato!



     Sim, com certeza existem controversas, todavia posso afirmar que o comportamento pór relacionamento pode influenciar toda a sua vida. Talvez um pouco melodramático, mas com certeza só cabe a você fazer as escolhas que permitam que esta seja uma influência positiva...
     Pra começo de história uma pergunta: O que você considera como "uma relação"? Aquele esqueminha de 15 dias, ou mesmo aquela ficada "lenga-lenga" que se arrasta por meses não pode ser considerada uma relação. Quando muito podemos definir como um rolo. Sim, porque nada mais é do que uma relação onde, geralmente, uma das partes quer e a otra enrola. A conversinha bonita de "vamos com calma, não sei se estou preparado(a) pra isso" não cola muito. Relação é algo que começou com o consentimento de ambas as partes, e durou tempo suficiente para ser inesquecível (devo ter plageado alguém aqui). Melancolias à parte, relação é algo que se consolidou para você e para os que o cercam.

     Após definido o termo, o que entendemos pelo fim desta relação? Uma briga onde um dos lados age sem pensar e resolve chutar o balde não caracteriza necessariamente o fim. Um discussão onde ambos ficam um, ou alguns, ou vários dias sem se falar também não. Uma relação acaba quando um dos lados deixa de pensar em construir a mesma, ou então faz de tudo para a destruir. Por incrível que pareça uma relação normalmente acaba antes de terminar. Fato! Quando uma das pessoas desiste da mesma, o final foi decretado. E geralmente essa desistência vem de forma silenciosa, o que é muito mais doloroso para a outra parte. A pessoa simplesmente desanima, desiste por algum motivo, e o relacionamento entra em decadência. Com certeza é a parte mais triste do que chamamos de amor. Deixa feridas e cicatrizes muitas vezes para toda a vida.

     Uma coisa deve ser bem entendida. Quando um não quer, dois não brigam. Dessa forma, por mais que um coração canalha teime em ir na direção contrária, infelizmente o que nos resta é seguir o baile. Talvez a parte mais difícil da história seja essa... erguer a cabeça e partir para novos rumos, novos caminhos, novos ares, novos horizontes... não sei... chamem como quiser! Demora um pouco, mas a vida nos mostra que nem tudo está perdido. Na verdade percebemos que tudo está esperando para ser achado. E a cada descoberta positiva, percebemos o quão medíocre e mesquinho era nosso pensamento. Descobrimos coisas que até então por ser desconhecidas, achávamos que jamais poderiam ocorrer. Uma bença!

     Quando ocorre isso a sensação é muito boa. É como matar aquele chefão no videogame o qual a seis meses você vinha enfrentando sem sucesso. É como ganhar aquele campeonato de poker após eliminar mais de mil adversários. Exageros à parte, é como ganhar na loteria (como se isso não fosse outro exagero). Sim, pois o "alívio sentimental" nos permite enxergar a vida como ela é. E nesse momento percebemos o quão fácil são as coisas. Simples assim. Mas quando ainda não sentimos esse alívio, aí sim tudo parece complexo. Cada passo é complicado, cada acontecimento uma tragédia. Parece que quanto mais tentamos, mais nos afundamos no sentimento. Nesse momento a luz de alerta deve ser ligada. É hora de escrever um mantra no seu espelho: "O MUNDO NÃO ACABA APÓS UM RELACIONAMENTO". Repita ele "N" vezs, com "N" variando de 10 a o número suficiente de vezes que o faça compreender esse fato. Por favor, nesse momento não cometa atitutes precipitadas. Elas podem compremeter seriamente o seu destino. E aqui chegamos ao título do post.

     Algumas coisas são preciosas após o fim de um relacionamento. Ao longo de minha jornada canalha percebo muitas gafes. Devemos ter muita atenção para não cometê-las. Um exemplo de uma gafe mais que comum. A guria está solteira, saindo e fazendo festa. Fatalmente ele toca no assunto: "eu estou solteira mas estou muito bem, obrigado". Tudo bem, mensagem recebida. Minutos depois, ou movida por um fator externo (uma lembrança, um local), ou então devido ao assunto se aproximar de sentimentos, a mesma desanda a falar do relacionamento fracassado. Aqui temos a gafe. Ela afirma que está bem, e na primeira situação que aparece, desanda a chorar o leite derramado. O bom e velho canalha mata na bochada. Ela está tentando fazer uma auto-afirmação falsa para tentar enganar a si mesma. Pode parecer meio louco, mas é exatamente isso. Expressa exatamente o contrário do que sente. A psicologia explica. Quer outro exemplo? Ela está no posto e vê seu ex namorado. "Nunca mais quero ver ele na minha frente". Porém, seus olhos insistem em acompanhar cada movimento que o referido faz no local. O corpo fala minha gente. Tudo o que você disse com a boca foi suprimido pelo corpo, que falou: "ele está aqui, o que será que ele vai fazer? Será que está me olhando? Será que devo falar com ele? Ele, ele, ele e ele".

     Sendo assim, jamais cometam a gafe da auto-afirmação contraditória. Mas falar dos sentimentos é ruim? Ledo engano minha gente. Escolha a pessoa certa (quando eu digo a certa não é um estranho, um cara que chegou dar em cima de você, ou uma conhecida) e abra seu coração. Fale abertamente do seu sentimento. Detalhe exatamente o que pensa. Dessa forma muitas vezes você acaba percebendo coisas simples que podem levar a superar situações. É aquela velha história... "aquela terapia está me fazendo muito bem". Porque? Simplesmente porque alguém resolveu ouvir você (o ruim é ter que pagar pra isso). E falando você expressa pensamentos bons e ruins. E é muito bom fazer isso. Pois falando dos ruins você os expulsa da mente, e falando dos bons, você irradia energia positiva. Uma bença!

     Outro ponto a ser levantado é seu comportamento após o fim. O que é certo? Ficar em casa hibernando? Sair tipo louco de segunda a segunda? Sair dando pedrada em tudo que é pomba? Dar em cima dos amigos ou amigas? Tentar virar amigo do(a) ex? Vou adiantando que não tem receita de bolo. A coisa mais certa a ser feita é ser esperto e sensato. Jamais seja idiota ou cometa atitudes sem pensar bem antes. Porque? Porque se você estava em um relacionamento, a outra pessoa o conhece melhor que qualquer outra, ou quase isso. Toda atitude que você tiver vai ser bem entendida pela outra parte. Portanto, não se comporte de uma forma a fim de mostrar outra coisa. É o pior blefe que você pode tentar passar. Ex: passa pela pessoa em nem olha na cara. Você faz isso para mostrar que ignora a pessoa, mas vai contra o seu sentimento. O blefe escancarado é claramente entendido pela outra pessoa. Ela sabe muito bem que você queria olhar e não olhou para se fazer. Quem sai no lucro? A outra pessoa. Assim como no poker, seu movimento foi errado e mostrou fraqueza. Todas as fichas vão para o "adversário". O que seria correto neste exemplo? Olhar e comprimentar. Se sente carinho, sorria e comprimente. Se sente raiva, comprimente assim como comprimenta o colega de trabalho que você não suporta. Sem encenação e ponto.

     Outra coisa. Um erro muito comum é sair por aí feito louco. Pegando todo mundo, se enfiando em tudo que é festa, entortanto o caneco até o amanhecer. Se você é um boêmio, um canalha nato, faça isso. Mas jamais deixe de lado o que realmente é importante na sua vida. Trabalho, estudo, FAMÍLIA, DEUS. A noite de um boêmio é mágica (eu que o diga), mas depois dela vêm o amanhecer, e tudo recomeça novamente. E infelizmente as "cacas" que você faz estão feitas, e se você pensa que a noite é cega, está enganada, seus olhos são melhores do que os de qualquer felino. O que você faz sempre será repercutido. Portanto faça somente o que você realmente quer fazer. A incrível tática de encher a bota e pintar e bordar é a pior possível. Se a bebida dominar você, então você não deve fazer isso. Porque acordar no outro dia e usar o argumento "não lembro de nada" ou "fiz porque estava bêbado(a)" não cola. Pelo menos não para quem realmente sabe o que você pensa e sente.

     Por fim, fazendo outra analogia clássica com o pôker. Ao jogar suas fichas no pano e enfrentar as cartas do adversário, procure ter o máximo de certeza possível que você está na frente. Se resolver ficar com alguém, que seja com alguém que vale a pena. Alguém que pelo menos tenha algo de bom para mostrar, e que não saia por aí denegrindo sua imagem (ATENÇÃO! ESSE É UM SER NÃO CANALHA ENCONTRADO AOS MONTES EM TUDO QUE É LOCAL, COM ÊNFASE PARA A NOITE. MAS TAMBÉM PODE SER ENCONTRADO POR AÍ, NO CLÁSSICO ESTILO LOBO EM PELE DE CORDEIRO). Se você quer sair e encher a cara, escolha o local ideal. A depressão pode bater quando você estiver no segundo garrafão de vinho nos altos da avenida e ver sua ou seu ex passar bem acompanhada(o). Se quer fazer algo mais, digamos assim, "explícito", tenha muito cuidado ao escolher a pessoa certa. O conselho anterior continua valendo. Não deixe seu libido sacanear você. Chorar o leite derramado depois não rola. E não venha com desculpa de que caiu no papinho mela-cueca "o ex era o pior de todos, eu é que sou o cara" que alguém lhe aplicou. Se aconteceu é porque você quiz que acontecesse, fato!

     Enfim... tem mais um monte de situações e momentos que poderiam ser debatidos, mas o post ficaria do tamanho do Rio Grande. Acredito que deu pra entender o espírito da conversa. Mas independente de concordar ou não com meu ponto de vista, uma pequena reflexão sempre é produtiva. Os fatos podem ocorrer de várias maneiras. Mas saibam que tudo tem uma solução. Cabe ao bom e velho canalha saber exatamente como se comportar em cada situação. As dicas de ouro: fique sempre a frente do outro, sabendo qual o próximo passo que ele(a) vai dar; prepare-se bem para isso, pois o fato vai ocorrer; ao expor seu jogo, procure mostrar suas cartas ganhando; e o mais importante: preocupe-se com a sua vida. Invista em você, foque em algo que julgar importante. Energias positivas bem canalizadas em um local, acabam refletindo em outro. E numa dessas esse outro pode ser justamente seu sentimento. Quando isso ocorrer você vai perceber: "eu acertei o pulo!".

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Carro pra quê?

     Salve amigos leitores do blog que se preparam para mais um fim de semana. Estava eu lendo meus emails quando recebi um que deixa bem clara uma coisa: A questão de como é importante ter um "auto" mais ou menos pra pegar a mulherada.

     E é fato que isso mexe com a cabeça da piazada! O fator "comprar um carro" está presente com grande peso na mente desde os 14 anos. A gurizada, nã áurea faze "galinho amador" só pensa nisso! Mas digo uma coisa pra vocês... ou melhor, nem digo nada, continuem lendo que vocês vão entender...





     É amigo... pra que uma baita viatura, carro rebaixado, sonzeira, roda grande, se COM UMA HUMILDE CG125 VOCÊ RESOLVE O PROBLEMA?

Nota da Redação: Analisando os fatos friamente, é bem certo que esse cara seja um moto táxi e ela uma garota da vida. Mas para fins humorísticos vale o relato...

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Origem do Apelido Galo

     Todos os nobres leitores que já acessaram esse blog algumas vezes, fatalmente, em algum relato, leram em algum momento ou situação onde um canalha foi chamado de "galo", com algumas variações, como "galo master", "galo cinza", "galo véio", e por aí afora...



     E não é que nessas andanças da vida um nobre canalha conseguiu descobrir a origem do apelido? Confiram...

     A origem do apelido, vêm nesta linda poesia gaúcha, a qual descreve com estilo a personalidade de um ser denominado "o galo":

A Origem do Apelido "Galo"! (original)

Valente galo de rinha,
guasca vestido de penas!
Quando arrastas as chilenas
No tambor de um rinhedeiro,
No teu ímpeto guerreiro
Vejo um gaúcho avançando
Ensangüentado, peleando,
No calor do entreveiro !

by Jayme Caetano Braun.

A Origem do Apelido "Galo"! (interpretação nossa)

Canalha valente por demais
Gaudério que se disfarça de gente boa
Chama a atenção de quem vêm atrás
Provoca boatos de qualquer pessoa
Não desanima derepente
Segue o baile até o dia clarear
Se algo da errado, continua valente
e esquenta o clima sem pestanejar

     Como diria o gaúcho: "e tenho dito!".

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um Canalha Em Apuros

     É amigos, mais um fim de semana repleto de canalhices. Muita ação, muita aventura, muita festa. Todavia devo relatar um fato: não é que os canalhas foram manchete de uma ocorrência policial? Até imagino o repórter policial Claudério Augusto noticiando o fato: "e no sábado dia 31 de Julho às 23:07 minutos saída de pista envolvendo Astra com Placas XYZ de Chapecó conduzido por fulano de tal". è amigo, tem dias que a noite é foda.



     Com o perdão da malvadeza, já adianto aos maguados de plantão que deu tudo certo. Ninguém saiu lesionado, e o auto em questão tinha seguro. Logo, não houveram prejuízos materiais nem danos físicos, que bença! Mas é melhor detalhar a noitada...

     Relatando o fato desde o seu início, temos vários pormenores a serem devidamente esclarecidos. De início, era fato que a noite não prometia muita coisa. Infelizmente tem vezes que é assim mesmo. Você olha para o tempo, um lixo, frio e chuvoso. Você olha a programação das festas, um desastre: sem bailes, sem shows fortes, sem baladas que prometem. A luz amarela se acende. Finalmente você faz contato com alguns amigos que estão no clima: "véio, tu tem que ir com nós... baile em Modelo, vai bombar! Cerveja a 0,50 centavos. Confesso que até é uma situação para se animar, todavia a mente canalha bem preparada faz algumas ressalvas: Modelo é uma cidade a 50km da base. Não seria tão longe não fosse o tempo chuvoso. E como vai ser a volta? Será mesmo que o baile vai dar bom? Espiculando mais um pouco percebo que o canalha em questão estava motivado pois um esquema seu iria para lá. A empolgação dele se justificava, mas não a minha.

     Tudo bem, um outro canalha entrou em cena, e denominado "piloto de fuga". Tanto eu quanto ele estávamos acompanhados. Dessa forma ele argumentou: "vai ficar fazendo o que na cidade, não tem nada, vamo lá com nós, damos umas risadas e voltamos mais cedo". Um argumento até certo ponto convincente. Olhei para a jovem e está também não se mostrou muito empolgada. Sabe quando as duas mentes convergem para "não, não vamos, vamos ficar de boa vendo filme ou algo mais light"? Pois é, senti que foi isso que ocorreu. Porém, para mostrar que não sou um velho chato, e ela para mostrar que é parceira, resolvemos entrar na barca. Na verdade entramos mesmo foi no carro do piloto de fuga, que se ofereceu para ir na boleia. Eu deveria ter lembrado de uma noite na canalhice onde o mesmo resolveu endireitar as curvas de Xanxerê até Chapecó, com ênfase para os trevos de Xaxim. Em todo caso, resolvi dar um voto de confiança, vamos! Em época de eleição não devia ter feito isso! Que bobagem!

     Após um pit stop no posto, hora de pegar a estrada. Era chuva que Deus mandava. Conversa vai conversa vêm, sentia um mal pressentimento. Aqui podem achar que é crença ou qualquer tipo de "baboseira que ninguém acredita". Mas tinha a sensação que a noite não estava 100%. Mas tudo bem, parceria é parceria. Em todo caso olhei pra jovem que estava comigo no banco de trás e disse: "põe o sinto, BR com chuva é foda". Ela colocou. Eis que uns 10 minutos depois vêm o fato. O piloto de fuga andava a aproximadamente 90Km por hora em uma reta, nada muito veloz, todavia com pista molhada e chuva, uma velocidade um pouco perigosa. Mas enfim, nada muito louco. Nesse momento nos deparamos com uma parte da pista extremamente molhada, e o garrancho aconteceu.

     Subitamente sentimos que o carro saiu do chão. Não estava na boleia, mas deu pra sentir que o mesmo flutuou por um instante. Graças à velocidade e á aquaplanagem, o carro rodopiou na pista. Sem muito o que fazer, tudo o que restou ao piloto de fuga foi puxar o volante para a direita, conduzindo o auto para o acostamento. Graças a essa manobra o carro continuou rodopiando, porém em sentido à valeta. Mais uma rodopiada e a queda na sarjeta. A cada rodopiada me sentia em um carrossel forçado. Com o impacto na sarjeta a velocidade diminuiu, porém ainda foi suficiente para arremessar a traseira do Astra para o barranco. Como em um Kamikaze, senti o carro subir e descer aquele barranco, até pousar novamente na sarjeta. Não fosse este buraco certamente teríamos capotado. Com a velocidade nula, o carro repousou na sarjeta.

     Lembro que tudo o que fiz nesse poucos segundos foi torcer para o carro parar agarrando com toda a força a guria que estava comigo, pensando mais na segurança nela que qualquer outra coisa. Sim, um canalha também tem responsabilidade. Depois disso verificamos que todos estavam bem. Dos males, o pior. Uma segunda análise e fora o susto, nenhum arranhão. Confesso que não me assustei tanto, mas a jovem ao meu lado tremia como vara verde. Sai do carro, uma sensação fria. Meu pé atolou no barro. Sem se importar, tirei lentamente a jovem e tive a certeza de que ela estava bem. Não sentia a chuva, tudo o que torcia era para que todos de fato estivessem ilesos. E ainda bem que realmente estavam. Hora de partir para o passo número dois, a logística pós tragédia.

     Ligação para um, para outro, guincho, polícia, e assim por diante. Graças à imensurável parceria dos canalhas que já estavanm praticamente no baile e tiveram a preocupação de voltar (mesmo sabendo que todos estavam bem), fomos conduzidos em segurança até a base. Vale destacar que é para isso que um canalha tem amigos leais. Deixaram tudo para se certificar que outros canalhas estavam realmente em segurança. Amigos assim são uam bença, não canso de dizer! Passado o susto, feita a logística, acabo a noite justamente aonde eu queria ter estado, e não deveria ter saído: sussegado vendo um bom filme. Mesmo assim, fica a dica: "a experiência gera aprendizado", principalmente quando a experiência vêm de uma situação desfavorável.

     No fim das contas posso concluir que tem momentos que estamos em apuros e não tem muito o que ser feito, resta esperar o desfecho. No meu caso ainda bem que este foi o melhor possível para a situação. Poderia ter evitado? Com certeza, bastaria ter seguido a intuição. Mas quem sabe se não ocorresse isso algo pior não poderia ter acontecido com outros canalhas? Prefiro pensar dessa forma, visto que todos estão bem, o prejuízo financeiro não houve, e mesmo a noite não sendo tão boa para os canalhas que nos auxiliaram, ficou claro que a parceria perdura. E eles também foram recompensandos, que bença!

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