sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Prazeres Canalhas

     Mulher, Mulheres, várias, diversas mulheres. Jovens, donzelas, princesas, meretrizes. Esquemas, ficantes, potenciais vítimas, briques, sejam estes bons ou ruins. A titular, a reserva, a estepe, a confirmada, a desejada. Talvez ao ler o título desse post você fez essa associação: prazer para um canalha é pegar a mulherada. Sim, em partes você não deixa de ter razão meu caro leitor e minha cara leitora.

     Mas a vida de um canalha não é só isso, é repleta de uma série de outros prazeres, necessários e até mesmo obrigatórios no cotidiano. Se de fato você quer entender um canalha e achar um meio de dominar o "heart" do mesmo (ou pelo menos parte dele), considere esse post, e até mesmo o blog como um todo (tirando as asneiras inevitáveis), como um belo tutorial, uma cartilha detalhada, o how-to do canalha master. Mas voltando ao assunto...



     É fato que Darwin nos mostrou que o objetivo maior de um macho é disseminar ao máximo suas sementes para o maior número de fêmeas aptas possíveis a fim de garantir a sobrevivência de sua espécie. Portanto, é compreensível que o ato "pegar mulher" é extremamente necessário para o canalha, numa visão "documentário do National Geographic Channel" da coisa. Por mais civilizado que o cidadão seja, infelizmente (ou felizmente) não consegue dominar por completo seu instinto animal. A idéia de conquistar todas as fêmeas do bando está encrustada no nosso lado animal. Portanto, não culpe o homem pelo seu modo canalha de ser, o culpado disso tudo é Darwin (risos).

     Mas esse mesmo cidadão afirmou que uma espécie evolui, e somente os mais fortes sobrevivem. Opa, opa, opa, aqui chegamos a um ponto crucial da teoria: se temos por instinto a reprodução, e se reproduzimos apenas se mostramos que somos mais fortes, como provar essa força? Se você tem um raciocínio privilegiado já deve ter adivinhado... é isso mesmo: competição, desafio, duelo, batalha, confrontamento, enfim, chame do que preferir. Até mesmo essa pergunta que propus despertou no canalha o instinto de competição: se acertou, nesse momento você deve estar sentindo-se bem ("eu sou muito forte intelectualmente"), caso contrário, o desapontamento, por mais sutil que seja, invadiu seu pensamento ("como não me toquei disso? Esse loko aí acha que sabe alguma coisa, otário"). E aqui chegamos ao recheio do bolo.

     Muitas vezes nos deparamos com afirmações anti-macho, geralmente disparadas por mulheres ou por homosexuais (homens que desistiram da seleção natural, W.O, perdeu playboy), tais como:

- "Não sei o que esses idiotas acham em ficar 90 minutos vendo 22 homens peludos e suados correndo atrás de uma bola"
- "Ridículo você ter tentando brigar com o fulano de tal"
- "Que babaca que você é ao ponto de tentar ultrapassar todos os carros"
- "Não sei porque competir tanto por aquela vaga"
- "Como que consegue ficar horas jogando cartas"

     Afirmações como essas com certeza fazem um canalha "brochar". Justamente pelo fato de serem totalmente contra o instinto, algo que todo o homem carrega consigo. É por isso que passamos horas e horas assistindo/jogando futebol ou outro esporte qualquer. É por isso que no fundo, bem no fundinho, gostamos de um duelo corporal contra outro canalha (aqui o que impede são fatores como ir trabalhar com a cara inchada ou então um 38 na cintura do adversário). Adoramos pisar fundo para deixar os outros comendo poeira (é claro, tem lugar e hora pra isso). Sim, adoramos jogar baralho e mostrar que somos mais astuciosos que os adversários, mesmo que depois de horas juntemos apenas algumas moedas. Queremos obter sucesso profissional a todo custo, até porque ser o mais forte dentro de um sistema capitalista exige o que mesmo? Perfeito, acertou de novo espertalhão, dindim! E por aí afora.

     Nesse momento espero que vocês tenham seguido a linha de raciocínio nobres e escassas leitoras que não comentam: um homem PRECISA de desafios. Ele precisa se sentir na liderança, seja de um país ou de uma bodega do bairro. É isso que o certifica de que suas sementes serão as mais fortes. Aí o cara está lá, tentando se prender as regras sociais atuais que pregam a monogamia (sim, apenas uma fêmea para cada macho), mas com certeza ele ainda quer mostrar que é o mais forte do bando. Porém, o que mais ocorre nos relacionamentos é a ociosidade dos instintos primordiais: o macho não pode mais dominar todas as fêmeas, e também é constantemente repreendido quando tenta mostrar que é o mais forte, seja por impedimentos (não pode mais isso, não pode mais aquilo) ou seja por falta de reconhecimento. Ex: Ele diz: "hoje meu time ganhou na pelada". Ela responde com tom de deboche: "Sério? O que que tu ganha com isso? Um monte de roupas sujas né?". Pra quem é homem deve concordar comigo: que maravilha ouvir isso (ironia extrema nesse ponto).

     Com isso, a mania das mulheres de domesticar um macho (fazendo uma analogia com o reino animal), acaba por torná-lo um boi (um touro capado, praticamente um ex-macho): preguiçoso, comilão, e o pior de tudo: com chifres, pois ao perceber que o maridão não é o mais forte da espécie, vai procurar outro. Que ingrato isso né? A mesma pessoa que o convenceu a deixar de usar os chifres para competição faz com que eles acabem virando motivo de piada.

     Portanto minha nobre canalha, de graças a Deus se seu namorado ou esquema controla o instinto da reprodução em massa, e, acima de tudo, incentive o instinto da competição, é a melhor coisa que tu faz. Se não fizer isso, em uma das pontas o instinto vai aflorar, e geralmente aflora na reprodução. E para o canalha, a regra de ouro: nunca deixe uma mulher domesticar você, pois de homem você vira um bunda mole, morto a pau, estorvo, pau mandado, aboiolado, e outros "n" elogios que só elas sabem dar, e como sabem. Voltando ao reino animal, tu vira um corno manso.

     Resumindo, é isso que somos. Machos de uma espécie entitulada racional, com os instintos parcialmente controlados dentro de leis sociais que supostamente são corretas. Se compararmos aos costumes árabes, por exemplo, temos um paradoxo abismal: lá eles tem várias mulheres e são doentes por tudo que é competição. Queimam bilhões de petrodólares com tudo que é esporte e são idolatrados pelas "N" esposas. Além disso, pregam que o paraíso é onde serão recebidos por, se não me engano, sete virgens, que bença! Só falta dizer que lá ganharão todos as batalhas... mas aí perderia a graça... ta aí outro paradoxo!

     Mas porque escrevi sobre isso tudo mesmo? Ah sim, porque ontem fui jogar poquer com mais uns 8 canalhas e ganhei 25 reais, que sensação legal, o instinto de vencer a jogatina massageou meu ego! Detalhe: nenhum dos canalhas sentiu falta de mulher durante a jogatina que durou mais de quatro horas. Porque? Pois todos estavam em clima de competição! Se você já levou uma mesa de poquer ou similares sabe muito bem do que estou falando...

5 comentários:

Leandro disse...

bom concordo, só não achei legal pq não me convidaram para o poker :( .... resumindo a mulher tenta tornar o cara passivo e quando consegue larga e vai atras de outro para recomeçar tudo denovo... tu não acha que é uma forma de competição tbm?? tipo "vamos ver quem transforma mais homens em rosca froxa??""

andredallacorte disse...

fato.. tbm fiquei de fora deste poker..
acho que é pq a gente sempre ganha leandro..

o zé só parece meio bobo.. mas é esperto o bixo véio ;D

Zeh disse...

ahsduashduashduashdu


Ma dai sim temo tudo loko! Fui de convidado naquela jogatina, mas tdo certo!

Até.

Anônimo disse...

Infelizmente, no meu ponto de vista, sendo um macho nato, terei que dizer que eu me sai melhor no pocker. Vc ganhastes naquele momento pois aceitaram que vc compraste pela terceira vez, e eu não havia comprado nenhuma vez.Ou seja, um macho de verdade não reconhece a derrota, mesmo que ela tenha sido injusta, ahuahau.
Att
Keni

dssa! disse...

Bahh...
e oq acontece qnd o cara perde pra uma mulher no poker?

;D